13 de septiembre de 2010 | Noticias | Primer Congreso Movimiento Nacional Campesino Indígena Argentina
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Começou neste sábado (11) com um ato musical e místico, na sede do sindicato de confeiteiros em Buenos Aires, começou neste sábado 11 de setembro o primeiro Congresso Nacional do movimento das camponesas e camponeses indígenas argentinos.
Este encontro, com mais de 1.500 delegados e convidados internacionais é o resultado do que definem seus protagonistas como uma auto-construção “pouco a pouco” com duas décadas de expressão organizada incluindo historicamente a problemática camponesa na agenda de seu país.
“Somos respostas para espantar a dúvida” disse Susana Rosales do Movimento Camponês de Córdoba em relação a longa tradição deste movimento nacional, integrante da Via Campesina Internacional e a Coordenadora de Organizações do Campo (CLOC) da América Latina quanto a propostas para a soberania alimentar, a fome e a mudança climática, que têm sido sistematicamente ignoradas pelas autoridades.
Trabalhar sobre a lembrança.
Angel Strappazzón, que trabalha na área de coordenação internacional desde Quimilí, Santiago del Estero, disse que em seu caminho rumo à articulação internacional, o MNCI tem detido retro-escavadeiras antes de elas derrubarem casas, expulsado grandes empresas de campos camponeses, enfrentado a repressão e gerado alternativas de produção e comércio eficazes em suas várias centrais distribuidas em diversas províncias e também na capital argentina.
“Agora já sabem quem somos”, disse Angel num ginásio ocupado no centro por elementos básicos da simbologia camponesa: sementes, água, terra, flores, água e fogo, além das bandeiras da plurinacionalidade e das diversas organizações membro do MNCI.
Outro dos objetivos do Congresso é “recordar, desmontar e voltar a construir nossas lembranças”, liberando-as da visão oficial, pela qual os pobres do campo são improdutivos e “impedem o progresso”, disse Angel.
O Congresso conta com delegações de países da região como Paraguai, Chile, Uruguai, o Movimento Sem Terra do Brasil, bem como de grupos de apoio internacionais, de Catalunha e o País Basco.
O encontro é realizado sob o lema “Somos terra para alimentar os povos” e durante abertura, Angel expressou que as comunidades camponesas adquerem uma importância fundamental na tarefa de dar alimentos sadios às populações e a preservar territórios”.
Nas grades e paredes do ginásio onde foi realizado o ato, havia cartazes de figuras fundamentais na luta latino-americana pelos direitos dos desapossados da terra e das cidades, dentre eles o militante bonaerense Darío Santillán, Azucena Villaflor, Augusto C. Sandino, Santucho, o educador brasileiro Paulo Freire, o mexicano Pancho Villa, Tupac Katarí, entre muitos outros.
Outro integrante do Mocase, Gringo Farías, perguntou: “Onde está a Mesa de Enlace, assassinos que vêm para matar nossas sementes crioulas?”. A chamada Mesa de Enlace, é a corporação de dirigentes das grandes patronais rurais argentinas que vêm se enfrentando ao governo da Argentina pelas retenções impositivas à exportação de soja transgênica.
O Congresso conta com um feira permanente camponesa com produtos trazidos dos territórios pelas diversas centrais do MNCI.
Durante esta jornada inicial centenas de visitantes, estudantes, famílias, e membros de organizações amigas como Mães e Avós da Praça de Maio estiveram nas instalações do sindicato e conversaram com os provenientes da Argentina camponesa.
Numa barraca, trabalham homens e mulheres preparando alimentos para almoços, lanches e jantas para todos sem perguntar de onde são.
Paralelamente funcionam as comissões internas que publicarão documentos políticos e de organização interna do Movimento Nacional, que a cada dia parece ocupar um lugar de reivindicações populares autênticas num mapa político argentino marcado pela fragmentação.
Nesta terça-feria (14), encerrando seu encontro camponeses e camponesas realizarão uma marcha de Puente Pueyrredón até a Praça de Maio.
primer congreso mnci from RMR on Vimeo.
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