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28 de octubre de 2010 | Noticias
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O integrante de Ação pela Biodiversidade afirma numa entrevista com Rádio Mundo Real que a proliferação de currais de engorda é uma consequência direta da sojização, que está deslocando a pecuária para zonas marginais.
«Neste crescimento teve um papel importante não só este processo de agriculturização, como também no processo político que o acompanhou: o crescimento dos subsídios do Estado, um grande negócio para uma indústria que está muito concentrada», indica.
Recentemente, Ação pela Biodiversidade publicou o relatório: «Currais de engorda na Argentina. Uma ameaça para a saúde, o ambiente e a produção camponesa-indígena», documento elaborado junto ao Movimento Nacional Camponês Indígena (MNCI) e as ONG Taller Ecologista (Rosario), ECOS (Saladillo) e Food & Water Watch (EUA).
Na entrevista com Raquel Schrott y Ezequiel Miodownik, Rádio Mundo Real, Vicente adverte que o limite da expansão da fronteira agrícola está muito próxima, «porque está acabando com o território agrícola e está se avançando sobre zonas de floresta nativa e territórios camponês-indígenas».
Além disso, afirma que este processo vai continuar se desenvolvendo nos próximos anos «se as lutas sociais e as comunidades atingidas não o denunciam». Sobre a referência que faz o documento à eclosão de inúmeros conflitos sociais, afirma que a questão dos maus odores é determinante quanto à reação das comunidades e que, «enquanto continuem se desenvolvendo, vão continuar os conflitos socio-ambientais em relação a eles».
Vicente explica: «A criação em curral significa encerrar os animais num espaço reduzido com alta concentração de população. São alimentados com misturas que vão contendo grãos e outros nutrientes de dubitável origem, e vivem amontoados caminhando sobre sua própria matéria fecal e urina, o que gera um ambiente irrespirável em vários quilômetros ao redor dos feedlots».
Foto: De Marcos Paz al mundo
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