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28 de Junho de 2010 | | |

Efeméride de luta

Há um ano do golpe de estado, Honduras continua reprimida e isolada

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Doze meses passaram desde que establishment hondurenho decidiu deter violentamente o processo popular em Honduras com o golpe de Estado contra José Manuel Zelaya e a repressão continua instalada.

Por isso, neste dia 28 de junho milhares de hondurenhos sairam às ruas para exigir o julgamento dos golpistas e a convocatória a uma Constituinte que restitua verdadeiramente a democracia no país.

No entanto, a administração de Porfirio Lobo, surgida de umas eleições que ainda continuam sem ser reconhecidas por boa parte da comunidade internacional, segue adiante com a detenções arbitrárias, prisão e tortura de ativistas sociais.

Esse foi o caso dos integrantes do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), Bertha Cáceres e Román Castro, detidos sob absurdas desculpas no domingo 27, na véspera do aniversário golpista.

Román Castro foi acusado de porte de armas (seu machado para trabalhar), enquanto que Bertha foi detida quando circulava por uma estrada em momentos em que fazia seus trabalhos sociais para o COPINH.

Ambas detenções foram ilegais e arbitrárias, e fazem parte da campanha de
fustigamento que está recebendo essa organização. Ambos foram liberados graças a ação legal da organização e a uma campanha exigindo sua integridade realizada rapidamente pelas redes de solidariedade com Honduras.

Justina, jornalista da emissora radial do COPINH “La Voz Lenca” contou à Rádio Mundo Real a situação que atravessaram os ativistas, e o clima que se respira em Honduras hoje.

“Como organização estamos lutando contra a situação de extrema violência que vivemos no país, especialmente contra as mulheres que continuamente são violentadas”, disse Justina.

Comissão da Verdade

Ao completar-se um ano do golpe que depôs Zelaya, têm chegado a Tegucigalpa os integrantes da “Comissão da Verdade”, por iniciativa da Plataforma de Direitos Humanos, conforme o site Honduras em Luta.

O sacerdote Fausto Milla, junto à religiosa católica Elsie Monge do Equador, o magistrado espanhol Luis Carlos Nieto, a magistrada salvadorenha Mirna Perla Jiménez, o Professor Craig Scott do Canadá e Francisco Aguilar da Costa Rica (especialistas em direito internacional e direitos humanos), a escritora hondurenha Helen Umaña e a Fundadora das Mães de Praça de Maio da Argentina, Nora Cortiñas, integrarão a Comissão que visará registrar e denunciar o clima de repressão de Estado vivido no país.

Milla, um incansável defensor dos direitos humanos em Honduras, expressou em sua chegada a Tegucigalpa que “descobrirá a verdade para que a mentira e a morte não se repitam”.

Por sua vez, Monge indicou que tão importante quanto descobrir o acontecido é propor os mecanismos para que os acontecimentos de terrorismo de Estado não se repitam em Honduras: “outro âmbito tão importante como combater a impunidade é fazer recomendações de mudanças institucionais que necessárias para que não se repitam as violações, bem como a sanção para os responsáveis e logo a reparação integral das vítimas”, indicou a religiosa.

As reportagens de Honduras de hoje mostram o estado em que está o país, bem como o contexto internacional em relação a ele. “Honduras a um ano do golpe, isolada por fora e quebrada por dentro”, resumia o correspondente da cadeia de Rádio e TV Espanhola (RTVE) em sua reportagem.
A agência Prensa Latina (PL) informa que “sob uma forte presença militar e policial, milhares de hondurenhos realizaram uma manifestação em repúdio ao golpe de Estado cometido há um ano contra o governo de Manuel Zelaya”.

A marcha, convocada pela Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), começou em Plaza de El Sol, e terminou nas imediações da Casa de Governo, conforme PL.

Caminhões repletos de soldados do exército e de policiais chegaram aos pontos de concentração dos manifestantes para tentar amedrontá-los, denunciou Carlos H. Reyes, presidente do Bloco Popular e líder da FNRP.

“Eles o que procuram é intimidar a população, mas nós hondurenhos não devemos ter medo”, disse Reyes.

Foto: www.disidenciasexual.cl

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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