4 de mayo de 2011 | Entrevistas | Industrias extractivas
Um compêndio de crimes
Rejeitam atitude da empresa cimenteira no México, na Guatemala e na Colômbia
A empresa multinacional cimenteira Holcim realiza nessa quinta-feira 5 de maio uma assembleia anual de acionistas na cidade suíça de Dübendorf. Paralelamente, organizações sociais tentarão demonstrar uma faceta da empresa não tão conhecida, em uma atividade de denuncia, que será realizada na cidade mexicana de Apaxco.
Nesse mesmo lugar, há exatamente dois anos, grupos locais montaram acampamento para impedir a operação de uma instalação da empresa ECOLTEC, subsidiária de Holcim, a quem se responsabiliza pela morte de onze pessoas que ficaram doentes a causa da poluição.
Amigos da Terra de América Latina e o Caribe (ATALC) tem denunciado nos últimos anos os impactos ambientais que provocou essa cimenteira, sobre tudo no México, na Guatemala e na Colômbia, ao ponto de apresentar uma denúncia ante o Tribunal Permanente de os Povos (TPP) que teve sessão em Madri, em abril de 2010.
Grace García de COECOCeiba Amigos da Terra Costa Rica, explicou a Radio Mundo Real que Holcim controla atualmente o 80% do mercado cimenteiro na América Central.
Segundo disse, uns dos casos mais esclarecedores das intenções da empresa de criminalizar a resistência das comunidades foi em San Juan Sacatepéquez, na Guatemala, onde Holcim foi acusada por violação do Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho.
As organizações impulsam,então, uma “semana de ação e vigília” para denunciar a destruição ecológica e a vulneração de direitos feitas pela Holcim, paralelamente ao conclave de acionistas a realizar-se na Suíça.
A empresa é líder mundial da exploração mineral, incluindo extração de minerais para a produção de cimentos e agregados, assim como de areia, calcários, cascalho e outros materiais. Está presente em uma dúzia de países, mas estima-se que o México representa a quarta parte dos 40 milhões de toneladas de cimento que a empresa produz anualmente.
