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12 de Abril de 2012 | Notícias | Direitos humanos | Indústrias extrativas
Cerca de 500 pessoas se reuniram na região peruana de Cajamarca para observar a dispersão militar que mudou a paisagem da região. Centenas de soldados do Exército iniciaram manobras na zona onde se desenvolverá o polêmico projeto minerador Conga, da empresa Yanacocha.
Os habitantes desta região denunciam que as manifestações são pacíficas e que portanto a militarização não faz nenhum sentido.
“Eles passam pela rua, assustam as crianças, e as pessoas relacionam eles com balas e morte”, indica um camponês da região, em uma reportagem da agência de notícias ALER.
Os moradores de Cajamarca dizem que se trata de uma política de “amedrontamento” do governo central orientado por Ollanta Humala, quando na verdade os protestos visam a defesa da água, e ao cuidado dos lençóis freáticos e o ambiente.
Paralelamente a estes protestos contra o projeto de Yanacocha, as organizações peruanas mais representativas também mexeram suas peças. Uma delegação da Confederação Nacional de Comunidades Atingidas pela Mineração (Conacami) apresentou em Washington, a capital dos Estados Unidos, uma medida cautelar à Organização dos Estados Americanos (OEA) para exigir que se suspenda o projeto Conga.
Conforme a Conacami, o Estado peruano violou os direitos dos povos indígenas de Cajamarca e ao invés de estipular mecanismos de consulta, resolveu aumentar a presença das Forças Armadas na zona, promovendo a “perseguição e criminalização dos líderes indígenas”.
“Tem se restringido o aceso às lagoas e fontes de água às comunidades e existe a Empresa e o Estado perseguem os camponeses. A empresa está operando na zona”, indica a organização de atingidos.
Hoje começa uma greve regional contra o projeto minerador de Yanacocha, e se espera uma forte mobilização en Cajamarca.
Foto e Vídeo: Conacami
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