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12 de Agosto de 2010 | Notícias | Indústrias extrativas
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A mineração na América Latina cresceria exponencialmente nos próximos dez anos. O Chile somente poderia receber investimentos no setor de 50 a 60 bilhões de dólares, o que significaria o fluxo de investimentos mais alto na história desta atividade no país.
Enquanto isso, nesta quinta-feira completa-se uma semana que 33 trabalhadores estão presos numa mina do país transandino. As possibilidades de encontrá-los com vida são muito poucas.
No Peru e no Brasil, os investimentos mineradores atingiriam os 30 bilhões de dólares, ao tempo que Argentina, Colômbia e México também receberiam importantes quantias na próxima década.
As previsões correspondem ao Centro de Estudos do Cobre e a Mineração, organização de estudos sobre o setor minerador com sede em Santiago, capital chilena. Segundo o diretor executivo, Juan Carlos Guajardo, a América Latina é uma das regiões mais atrativas do mundo para a mineração.
O especialista estimou que no Chile, Colômbia e Argentina os fundos nos próximos anos chegariam principalmente do exterior, enquanto que no Brasil e no Peru teria mais participação de investidores locais.
Por sua vez, no dia 5 de agosto desmoronou-se no Chile a mina San José, da empresa San Esteban, situada perto da cidade de Copiapó, na região de Atacama e a cerca de 800 quilômetros ao norte de Santiago. Ficaram presos 33 trabalhadores e calcula-se que estão a 700 metros de profundidade. São pouquíssimas as possibilidades de encontrá-los com vida.
Os responsáveis da mineradora San Esteban souberam do desmoronamento de San José várias horas depois do que ocorreu, cedo na tarde, e familiares dos mineradores presos denunciaram que os resgatistas chegaram à noite.
Alguns veículos informam sobre a indignação que tem reinado entre os que esperam que seus seres queridos sejam resgatados, especialmente depois de que soubessem que San Esteban já havia recebido várias denúncias por precárias condições de segurança de seus trabalhadores, inclusive na mina San José.
Em 2007, operários da empresa junto a sindicatos de outras companhias que prestavam serviços à mineradora, apresentaram uma denúncia à Corte de Apelações e ao Serviço Nacional de Geologia e Mineração pela morte de três mineiros em San José e em San Antonio. Nesse momento os operários mobilizados pediram o fechamento de San José.
O secretário do sindicato da companhia, Javier Castillo, denunciou que a mina San José não conta com vias de escape, ventilação e a fortificação necessária, e que as autoridades sabiam desta situação. “A montanha na Mineradora San Esteban faz barulho há dois meses. Desde 2003 estamos dizendo que estamos em uma situação de alto risco”, disse Castillo, conforme o jornal chileno La Nación.
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