1ro de abril de 2010 | Noticias | Anti-neoliberalismo | Industrias extractivas
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A partir da semana que vem a Secretaria da Presidência do Uruguai começará a coordenar encontros bilaterais com as empresas responsáveis de vários mega-investimentos anunciadas para o país no curto e médio prazo. O objetivo é acelerar as discussões técnicas para avançar na colocação em andamento dos projetos.
Agricultura, florestamento e produção de pasta de celulose, mineração, infra-estrutura, são as áreas escolhidas por capitais principalmente estrangeiros para situar-se no país.
A mineradora indiana Aratirí avança com seus estudos para explorar ferro, a brasileira Votorantim decidiu explorar suas reservas de pedra calcária na zona denominada Quebrada de los Cuervos, departamento de Treinta y Tres, e uma empresa uruguaia busca também explorar reservas ali.
Existem vários projetos de infra-estrutura. Dentre eles está o de um porto em La Charqueada, também em Treinta y Tres, apresentado no ano passado. Além disso, existem dois projetos para construir uma planta de geração elétrica com base no carvão, outros para instalar granjas eólicas e um grande empreendimento agro-industrial pensado para Plácidos Rosas, departamento de Cerro Largo, vizinho de Treinta y Tres.
Conforme Rádio El Espectador do Uruguai, está muito avançado o projeto para a construção de uma terminal de grãos no rio Tacuarí, no límite entre os dois departamentos, e deve-se somar uma terminal especializada em minérios no mesmo rio, de onde se exportaria a pedra calcároa para o Brasil.
Por sua vez, a empresa portuguesa Portucel informou ao Poder Executivo que mantém seu interesse em instalar uma planta de celulose e papel no Uruguai. Há anos que a companhia manifestou a intenção de se instalar no país sul-americano e têm havido várias reuniões com o governo nacional. Depois soube-se que a Portucel poderia se instalar no Brasil e não no Uruguai, algo que nunca foi confirmado. O investimento da empresa superaria 1,5 milhão de dólares.
A companhia finlandesa UPM-Kymmene já tem em funcionamento uma fábrica de celulose em Fray Bentos, departamento de Río Negro, e a sociedade Stora Enso (sueco-finlandesa)-Arauco (chilena) tem projetado instalar outra.
O senador do oficialista Frente Ampla Eleuterio Fernández Huidobro advertiu que os departamentos de Treinta y Tres, Cerro Largo e Rocha sufrirão severos problemas caso estes projetos prosperarem e não forem tomadas medidas para enfrentar seus impactos. Explicou, conforme a rádio El Espectador, que com iniciativas acontecerá uma grande migração para essas zonas e, portanto, haverá severos inconvenientes de alojamento, saúde e saneamento.
O legislador considera que esses departamentos do nordeste uruguaio não estão preparados para os controles sanitários e meio-ambientales que será necessário realizar e manter.
Além disso, a expansão da zona deve utilizar a Lagoa Mirim ou as costas oceânicas de Rocha para retirar ou exportar a produção. Fernández Huidobro afirma que a Armada Nacional tem uma presença insignificante nessas águas e costas e que precisará realizar uma grande dispersão.
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