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4 de enero de 2010 | | |

Diferenças profundas

Paraguai e Bolívia marcam a diferença a COP 15 da Mudança Climática

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Com várias ações e atividades termina na sexta-feira em Copenhaguen o Klimaforum, que reuniu movimentos e organizações sociais de todos os continentes que expressaram suas demandas diante das negociações oficiais da COP 15 de Mudança Climática das Nações Unidas.

No que diz respeito à COP 15, na quinta-feira o presidente boliviano, Evo Morales propôs ali um referendo mundial sobre a mudança climática, diante dos sinais de que não haverá acordo em Copenhague pelas profundas diferenças na forma de viver dos países industrializados e os não industrializados.

“Como aqui não chegamos a acordos, quero pedir-lhes, para debater nas Nações Unidas, uma forma de resolver, não em nível de chefes de Estado mas sim com os povos do mundo: um referendo mundial sobre a mudança climática”, propôs Evo.

Morales propôs perguntar à população mundial se concorda com:
1) reestabelecer a harmonia com a natureza, 2) mudar este modelo de superconsumo e esbanjamento, 3) que os países desenvolvidos reduzam suas emissões para limitar o aumento da temperatura a 1 grau Celsius, 4) destinar à mudança climática um orçamento superior ao destinado à Defesa, 5) a criação de um tribunal de justiça climática que julgue aqueles que cometem crimes contra a Mãe Terra.

“Já que temos profundas diferenças de presidente a presidente, vamos consultar o povo e façamos o que nos disser”, concluiu Morales.

Já o ministro de Ambiente do Paraguai, Oscar Rivas disse que o planeta continuará se aquecendo pelas formas de produzir, consumir e tratar a natureza. Disse que “os Estados principalmente responsáveis (industrializados) das causas diretas do aquecimento global não estão assumindo sua responsabilidade histórica pela crescente dívida social e ambiental que estão acumulando com os povos mais vulneráveis, gerando uma situação de injustiça que deve ser revertida urgentemente”.

O representante do governo paraguaio acredita que o combate à mudança climática “é uma luta pela justiça mundial”, além de ser uma luta pela sobrevivência.
Rivas exigiu ainda que os países desenvolvidos reduzam pelo menos 49 porcento suas emissões de gases de efeito estufa até 2017, a níveis de 1990. Além disso exigiu que forneçam recursos financeiros suficientes e a transferência de tecnologia necesária para que os países atinjam “a sustentabilidade de nosso desenvolvimento”.

Por sua vez, Amigos da Terra Internacional emitiu um comunicado afirmando que os países desenvolvidos são os culpáveis pela falta de um avanço significativo nas negociações até agora.

A ex-presidenta da Amigos da Terra Internacional, Meena Raman, disse: “os países em desenvolvimento não são o problema aqui, simplesmente estão pedindo aos países desenvolvidos que cumpram com suas obrigações. Isto significa se comprometer com as novas metas para reduzir suas emissões, de acordo com o que a ciência diz que é preciso, rejeitando a compensação e proporcionando fundos aos países em desenvolvimento para adaptação e mitigação”.

“Os países ricos descumpriram todos os prazos que estabeleceram neste ano para estabelecer novas metas para reduzir suas emissões e agora têm o atrevimento de culpar os países em desenvolvimento do atual estancamento”, criticou a integrante da Amigos da Terra Malásia.

Foto: Radio Mundo Real

(CC) 2010 Radio Mundo Real

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