10 de noviembre de 2010 | Noticias | Anti-neoliberalismo
Definindo os inimigos
Governo da Costa Rica chama a lutar contra ambientalistas
A presidenta da Costa Rica, Laura Chinchilla, está chamando a lutar contra o que ela tem considerado “grupos radicais” que se opõem ao desenvolvimento deste país centro-americano. Afirmou isto claramente na Câmara de Pecuaristas, por causa do estabelecimento da área protegida Maquenque, num discurso realizado em San Carlos no dia 2 de novembro.
Nessa intervenção, ficou refletida a criminalização que sofrem as organizações e comunidades que defendem seus territórios.
Por outro lado, Chinchilla deixou clara sua posição em relação à construção do aeroporto nas áreas rurais 9 e 10, localizadas no Valle de Diquís, em Sierpe de Osa. Nessa zona da Costa Rica pretende-se, ainda, instalar um mega-projeto hidrelétrico que inundará grande parte do território indígena terraba (http://radiomundoreal.fm/Mala-fe).
A área que ocupará este aeroporto está habitada por quarenta famílias camponesas que estão nesse lugar há mais de 20 anos, e que têm sofrido várias tentativas de desalojamento nos últimos anos.
Este projeto de interesse nacional e utilidade pública atingirá a maior zona úmida da Costa Rica, com mais de 1600 hectares. Dessa riqueza natural dependem onze comunidades dedicadas à pesca artesanal.
A obra do aeroporto, conforme seus promovedores, incentivará o turismo industrial e permitirá o progresso destes povos de pescadores. Mas além de sua riqueza arqueológica e cultural, neste lugar situa-se 2% da biodiversidade mundial.
Estas duas obras de infraestrutura têm sido questionadas por organizações ambientalistas e estudos acadêmicos. O desenvolvimento do “turismo industrial” na zona do Pacífico Norte já tem provocado o deslocamento de comunidades pesqueiras e grandes impactos sobre a biodiversidade. Também tem gerado escassez de água potável para consumo humano.
