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2 de Fevereiro de 2011 | Notícias | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
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Montados em cavalos e camelos, armados com paus e facas, partidários do presidente egípcio Hosni Mubarak atacaram a multidão que se manifestava no Cairo. O Exército não se opôs ao ataque, e não interveio nos choques entre os manifestantes a favor e contra o governo.
Os manifestantes contrários a Mubarak estavam levando a cabo desde ontem a chamada "marcha do milhão", onde participaram mais de um milhão de pessoas no Cairo e cerca de um milhão a mais em diversas cidades egípcias. O objetivo era exigir ao presidente Mubarak, que está no cargo há mais de trinta anos, que renunciasse à presidência.
Depois da marcha, centenas de milhares de pessoas permaneceram na praça Tahrir do Cairo, como forma de pressionar a saída de Mubarak.
De fato, os manifestantes indicam que os partidários de Mubarak estiveram presentes nas manifestações para torná-las violentas, já que até agora tinham sido realizadas de forma pacífica.
Conforme a cadeia Al Jazeera, pelo menos 500 pessoas teriam ficado feridas no enfrentamento entre os manifestantes: estas pessoas estão sendo atendidas de forma precária, já que não há ambulâncias no lugar.
As reportagens da imprensa indicam que os enfrentamentos foram iniciados pelos partidários de Mubarak, que tentaram tomar a praça Tahrir, epicentro dos protestos, gritando "Trinta anos de estabilidade, nove dias de anarquia".
Mohamed ElBaradei, dirigente opositor egípcio e ex-diretor do organismo das Nações Unidas sobre energia atômica, acusou Mubarak pelo que aconteceu, e disse era outro dos sintomas de "um regime criminal utilizando atos criminais", informou Al Jazeera.
Por sua vez, o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, indicou nesta quarta-feira que estava muito preocupado pela situação no Egito, e indicou que condenava "tudo ataque que se produzisse contra os manifestantes pacíficos".
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