19 de marzo de 2012 | Entrevistas | Agua | Foro Mundial Alternativo del Agua
O Municipal Service Project é um empreendimento de investigação que há vários anos explora alternativas à privatização e comercialização dos serviços de abastecimento de eletricidade, saúde, água e saneamento na África, Ásia e América Latina.
É levado adiante por acadêmicos, sindicatos, organizações não governamentais, movimentos sociais e ativistas de diversas partes do mundo. As primeiras duas partes do projeto (2000-2007) estiveram focadas nas críticas às privatizações e atualmente está dedicado a analisar modelos alternativos bem-sucedidos de prestação de serviços. O objetivo, conforme o site do projeto, é entender as condições necessárias para a sustentabilidade e reprodução desses modelos.
Algumas organizações, movimentos e redes sociais que defendem o direito humano à água participam do Municipal Service Project: a Rede Vida, o Transnational Institute, Focus on the Global South, entre outras de diversos países.
Trata-se de um projeto principalmente acadêmico orientado à ação, com a ideia de gerar transformações reais na prestação dos serviços. Conforme o correspondente da Rádio Mundo Real no Fórum Mundial Alternativo da Água em Marselha (França), Danilo Urrea, o “Municipal Service Project” foi proposto “sempre a partir do enfoque da construção de alternativas” e já terminou seu primeiro mapeamento, com o resultado de um livro intitulado “Alternativas à privatização”.
O projeto avança agora com estudos de caso para investigar a noção de “corporativização”, no sentido de analisar processos de empresas públicas que começam a ter comportamentos de corporações privadas, embora não tenham sido privatizadas.
Os promovedores do projetos fizeram uma atividade nos marcos do Fórum Mundial Alternativo da Água e ali Rádio Mundo Real entrevistou o ativista Carlos Crespo, do Centro de Estudos Superiores Universitários da Universidade Maior de San Simón, de Cochabamba, Bolívia. Esse Centro de Estudos faz parte do Municipal Service Project.