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13 de agosto de 2010 | | | |

Campos sem gente

Entrevista com Adriana Mezadri, do Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil

O mecanismo conhecido como REDD (a sigla de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) é uma “falsa solução” criada para beneficiar as grandes transnacionais, que lhes permite expandir seus negócios e consolidar um modelo contaminante.

Essa é a conclusão de Adriana Mezadri, do Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil, uma das participantes de um encuentro sobre este tema, organizado por Amigos da Tierra América Latina e Caribe (ATALC), Global Forest Coalition, ETC e Grain, como atividade do IV Fórum Social das Américas, no Paraguai.

Mezadri integra uma organização com vinte anos de história, presente em 21 estados brasileiros, e que denuncia a atividade de corporações do agronegócio como Aracruz, Stora Enso, Votorantim, Monsanto e Cargill.

Estas empresas provocam o desalojamento das comunidades indígenas e camponesas em todo o território brasileiro e, conforme Mezadri, nessa situação as principais prejudicadas são as mulheres camponesas.

“No campo, as mulheres são o principal sustento da família, e são forçadas a emigrar para pequenas cidades onde não têm forma de cultivar. Nas monoculturas ainda, tem crescido muito a prostituição”, alerta Adriana Mezadri.

A militante é contundente: a expansão do eucalipto no sul, a soja no norte e a mineração em outras zonas do Brasil conduz, de forma indefectível, a um estado de “campo sem gente”.

Foto: Rádio Mundo Real

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