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27 de mayo de 2010 | | |

Cada vez são mais

A bandeira da justiça climática na Cúpula de Madri

O livre comércio, as bases militares estadunidenses na América do Sul, a integração dessa região, a mudança climática e as migrações foram somente alguns dos assuntos trabalhados nas diversas oficinas da Cúpula dos Povos Conectando Alternativas IV de Madri.

De 14 a 18 de maio, foram realizadas atividades auto-gestionadas por inúmeras organizações e movimentos sociales da América Latina, o Caribe e Europa, na Faculdade de Matemáticas da Universidade Complutense madrilenha.

Uma das oficinas denominou-se “Justiça climática e respostas sociais à mudança climática”. Foi organizado por Ecologistas em Ação de Espanha, a Rede Mexicana de Ação frente ao Livre Comércio, a Aliança Social Continental e Amigos da Terra Internacional.

A ativista colombiana Lyda Forero, da Secretaria da Aliança Social Continental (fórum de organizações e movimentos sociais progressistas das Américas), foi uma das oradoras na atividade. Ela refiriu-se ao processo de trabalho e coordenação entre os grupos sociais latino-americanas em luta pela justiça climática.

Forero reconheceu que “é um processo que ainda está em construção porque tem sido muito difícil colocar o assunto da mudança climática e dos direitos da natureza nas agendas das organizações sociais”. Explicou que se bem a crise do clima faz parte dessas agendas há tempo, recém a partir deste ano é um “ponto central” com definições políticas mais claras e desenvolvidas.

Dentre os movimentos e organizações que hoje demandam justiça climática no Sul destacam-se justamente a Aliança Social Continental, a Via Campesina, Amigos da Terra, a Fundação Solón, Jubileu Sul, entre outros. Coincidem num ponto fundamental: a principal causa estrutural da mudança climática é o sistema capitalista de produção e consumo, absolutamente esbanjador e insustentável.

Para Forero houve três fatos fundamentais que fizeram com que os movimentos e organizações latino-americanas transformassem a crise do clima no núcleo de seu trabalho. Falou do Tribunal de Justiça Climática realizado em outubro do ano passado na cidade boliviana de Cochabamba, das mobilizações sociais em dezembro (também de 2009) durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima na capital dinamarquesa, Copenhague, e da Conferência dos Povos e os Direitos da Mãe Terra de abril deste ano novamente em Cochabamba.

“Este tema da mudança climática e as reivindicações dos povos, as demandas por justiça climática, por soluções reais, representam um desses assuntos, uma dessas possibilidades de voltar a nos articular entre as organizações do continente e ainda com grupos da Europa, Ásia e África”, disse Forero.

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