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4 de mayo de 2010 | | |

Um emblema

Mineradora Majaz será julgada no Tribunal dos Povos por seu agir no Peru

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Os camponeses peruanos que se opõem ao projeto de cobre Rio Blanco, na nortenha região de Piura, têm sofrido perseguições judiciais, difamações, fustigamentos, torturas e assassinatos.

Por essa longa história de abusos, os atingidos pelas operações da Minera Majaz, que foi durante vários anos subsidiária da inglesa Monterrico Metals, apresentarão uma demanda ao Tribunal Permanente dos Povos (TPP), que será realizado em Madri de 14 a 18 de maio.

A denúncia é apresentada pela organização Entrepueblos e a Confederação Nacional de Comunidades Atingidas pela Mineração do Peru (CONACAMI), que apresentarão provas e testemunhas dos impactos negativos desta atividade.

Poucas dúvidas restam sobre os vínculos estreitos da questionada corporação mineradora nas altas esferas políticas do Peru e o Reino Unido. As organizações que têm monitorado sua atividade, por exemplo, souberam do nomeamento como presidente executivo de Monterrico Metals de Richard Ralph, que havia sido o embaixador britânico no Peru entre 2003 e 2006.

Foi nesse período que foi realizada a etapa de exploração do projeto minerador, e foi quando começou o conflito com as comunidades indígenas e camponesas de Yanta, e Segunda e Cajas. O documento que se apresentará ao TPP lembra que, além de realizar ações pacíficas como marchas e assembléias comunais, em setembro de 2007 a população local votou massivamente contra o projeto numa consulta comunal, embora isso nunca foi levado em conta como vinculante.

Nesses dias as ações da Monterrico Metals passavam ao consórcio Xiamen Zijin Tongguan Investment Development, um conglomerado de três empresas chinesas com fundições, operações mineradoras, logísticas e portuárias na China, Birmânia, Mongólia, África do Sul, Vietnã, Afeganistão e Filipinas.

Os críticos do projeto afirmam que este consórcio asiático “praticamente não divulga nenhum detalhe específico sobre sua conduta ambiental, social e tributária”, e portanto é muito difícil conhecer seus planos para o projeto minerador Rio Blanco.

Um dos episódios paradigmáticos de violações aos direitos humanos foi registrado em agosto de 2005, quando 29 camponeses e um jornalista foram sequestrados e depois torturados numa área de Mineradora Majaz. Os responsáveis desse atropelo foram policiais contratados pela empresa.

Além do julgamento por danos e prejuízos –que ainda deve ser resolvido na Alta Corte de Londres- a meados de abril uma congresista peruana apresentou o caso das torturas contra os comuneros na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Foto: http://www.flickr.com/photos/ojodeagua/

(CC) 2010 Radio Mundo Real

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