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5 de Maio de 2010 | | |

Tudo meu

Endesa denunciada por exercer “controle monopólico”da água e da eletricidade no Chile

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Cerca de seis mil hectares de terras produtivas ficarão sob água ao sul do Chile. Isso acontecerá se forem construídos cinco barragens hidrelétricas nas bacías dos rios Baker e Pascua, uma polêmica iniciativa que leva adiante a empresa HidroAysén, constituída por Colbún e Endesa-Chile (filial da corporação espanhola, atualmente propriedade da italiana Enel).

Os atropelos da empresa energética européia serão denunciados por organizações chilenas e espanholas ao Tribunal Permanente dos Povos (TPP), que será realizado em Madri dias 14 e 15 de maio.

As organizações advertem que as obras prejudicarão terras agrícolas e de uso pecuário de alto valor turístico, bem como bosques de um dos últimos ecossistemas praticamente vírgens do planeta. “As inundações e obras anexas provocarão a extinção de espécies e atingirão a terceira reserva de água doce do mundo e ao clima global”, alertam num resume executivo que foi apresentado à organização da atividade.

Além desses danos na região austral, a fiação elétrico para transportar a energia a Santiago, a capital do país, atravessará quatorze áreas silvestres e 64 comunidades, incluindo territórios indígenas em regiões como a Araucanía.

Um imenso desmatamento, o deslocamento de populações camponesas e danos irreversíveis sobre parques nacionais são algumas das consequências que terá este projeto de capitais europeus, conforme afirmam as organizações.

Neste contexto do conflito deve se situar o papel que países como o Chile dão ao investimento privada no aproveitamento de recursos públicos.

Durante os vinte anos que governou a Concertação de Partidos pela Democracia, derrotada no segundo turno eleitoral de janeiro de 2010, a Endesa se assentou no país e esteve envolvida em outros projetos que geraram forte resistência local, como a barragem de Alto Biobío.

Tudo indica que esse modelo se aprofundará com o governo do presidente direitista Sebastián Piñera, embora cabe dizer que Endesa já exerce no Chile um “controle monopólico de direitos de água e do sistema elétrico”, denunciam as organizações, e para atingir isso utilizou toda uma “maquinária de poder” que combina pressões, lobby político, compra de vontades, marketing e publicidade.

Estas práticas corporativas são cotidianas: o principal executivo da Enel, Fulbio Conti, reuniu-se na segunda-feira 3 de maio com Piñera para ratificar as intenções de seguir adiante com Hidroaysén, cujo financiamento seria aprovado no fim do ano ou início de 2011.

Corti, sem querer, já alertou outros países: “Estou aqui porque toda a América Latina é bem importante para nós, já que faz parte de nossa estratégia de diversificação geográfica e tecnológica”, disse em sua visita ao Chile, conforme o Portal Minero.

Foto: http://www.flickr.com/photos/diegomur/

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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