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7 de Setembro de 2009 | Notícias | Honduras Livre | Direitos humanos
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Mais de setenta dias passaram desde que milhares de hondurenhos reuniram-se diante da Casa Presidencial em Tegucigalpa, com a mesma demanda que têm até hoje: que o presidente Manuel Zelaya seja resitituído, que o país abandone o regime ditatorial liderado Roberto Micheletti, e que seja convocada uma assembléia nacional constituinte.
No domingo passado, a plataforma social que reúne os esforços em prol da democracia, a Frente Nacional contra o golpe de Estado, celebrou sua primeira assembléia nacional, para projetar as estratégias que tomará no futuro, tentando fortalecer a luta contra o governo golpista nas diversas regiões, departamentos, municípios e comunidades do país.
Dentre os objetivos da assembléia também esteve o de analisar o que tem feito a Frente até agora, visando as eleições nacionais do próximo dia 29 de novembro, cuja campanha eleitoral está sendo levada a cabo pelo governo de facto, sob fortes críticas da comunidade internacional.
As medidas mais recentes para pressionar o governo golpista foram tomadas por Brasil -que suspendeu temporariamente dois acordos sobre isenção de visas assinados com Honduras para passaportes comuns e diplomáticos- e pelos Estados Unidos, que anunciou na semana passada o fechamento dos programas de assistência que possui com Honduras.
Mas isto não conseguiu fazer com que a ditadura suavizasse sua posição, já que ela decidiu adotar a mesma medida com o Brasil, e por outro lado ameaçou os Estados Unidos com deixar de combater o narcotráfico que passa por território hondurenho rumo a esse país.
“Se não temos o apoio do país mais consumidor do mundo, vai chegar mais droga para eles. Não temos fundos, então, definitivamente, será mais difícil para eles”, disse o ministro de Defesa do governo de facto, Adolfo Sevilla.
Mas a pressão sobre o regime golpista continua crescendo, tanto fora como dentro de Honduras. Desde dentro, o movimento popular prepara novas mobilizações, e anuncia que não reconhecerá as eleições se foram realizadas dentro da ditadura.
“As mudanças sociais vão ser feitas com o povo, a partir do povo. Esta é uma luta de classes do povo explorado contra os oligarcas exploradores”, disse o coordenador geral da Frente Nacional contra o Golpe de Estado, Juan Barahona, conforme disse a agência Prensa Latina.
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