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16 de Novembro de 2011 | | |

Sem compromisso

Orgão de auditoria e CESTA-AT denunciam ausência de política sobre Mudança Climática em El Salvador

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A reunião de partes das Nações Unidas sobre a crise climática, que será realizada em três semanas em Durban, África do Sul, já motiva ações locais tendentes a atingir um verdadeiro compromisso dos Estados diante dessa problemática.

Em El Salvador, por exemplo, a Corte de Contas da República (CCR) revelou a ausência de uma política de Estado sobre o que organizações de todo o planeta reúnem na definição de Justiça Climática.

Dias atrás a CCR emitiu cinco críticas responsabilizando o atual Ministro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (MARN) desse país, Hernán Rosa Chávez, e seus dois antecessores Hugo Barrera e Carlos Guerrero por descumprir compromissos assumidos em nível internacional sobre a crise do clima.

No entanto, para CESTA - Amigos da Terra, El Salvador, a sentença não deveria se reduzir a criticar os responsáveis do MARN atuais ou passados, mas revelar a ausência de uma política de Estado sobre a questão.
Entre outras “omissões” não foram feitos esforços institucionais para a formulação, aplicação e atualização de programas nacionais que contivessem medidas de mitigação e adaptação à mudança climática.

Tampouco foram aprovadas normas de funcionamento do grupo consultivo, disse em rodada de imprensa o Dr. Ricardo Navarro, Diretor Executivo dessa organização ambientalista.

Em seu “Relatório de exame especial de gestão ao cumprimento dos compromissos adquiridos por El Salvador no Convênio Marco das Nações Unidas (ONU) sobre mudança climática”, a CCR responsabiliza a secretaria de Estado por não contar com uma política e uma estratégia nacional de adaptação à mudança climática.

“Até agora, os diferentes governos do país não têm tido a dimensão ambiental como algo importante em suas políticas de governo. O climático em seu conjunto não tem sido fundamental apesar dos desastres e perdas que têm causado as frequentes chuvas no país”, afirma Navarro que viajará para Durban como parte da delegação da federação ambientalista Amigos da Terra Internacional.

“Temos um governo que permite que sejam destruídas zonas de florestas para fazer campos de golfe, um governo que promove que seja utilizada a cana-de-açúcar para produzir etanol, ao invés de fazer reflorestamento e produzir alimentos” afirmou o diretor de CESTA.

Navarro esclarece que o que tem indicado “a Corte de Contas é correto, no entanto, é necessário que nesta problemática deve ser incluído todo o governo, é ele que deve tomar uma posição de consideração e urgência”.

Depois da tempestade

Este debate ocorreu apenas um par de semanas depois de uma nova catástrofe climática na Mesoamérica que deixou uma centena de mortos em El Salvador, Nicarágua e Guatemala.

O próprio chefe da Igreja Católica em El Salvador, o arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, considerou que "a mudança climática, o reaquecimento mundial, o deterioramento constante da ecologia, é provavelmente o problema mais grave da humanidade” e que “é um tema que tem como causa interesses econômicos, grandes interesses".

"Os países mais industrializados estão causando um dano irreparável, irreversível, à humanidade, ao ecossistema e isto é assim", é uma "verdade científica totalmente comprovada", acrescentou, conforme a agência espanhola EFE.

El prelado salvadorenho disse esperar que os países industrializados "tomem medidas para não continuar causando tanto dano", embora os atingidos também devem evitar "abusos" como os da mineração ou o desmatamento.

Produção: Josefina Ramírez, Unidad de Comunicaciones CESTA / RMR
Foto: rnw.nl

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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