30 de abril de 2009 | Noticias | Justicia climática y energía
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Na sexta-feira terminou em Alaska a Cúpula Mundial de Povos Indígenas sobre a Mudança Climática, que durante cinco dias reuniu cerca de 400 representantes dos povos originários e observadores de 80 países.
A cúpula, que contava com o apoio das Nações Unidas, pretendia marcar a posição dos indígenas diante da conferência sobre a mudança climática que esse organismo terá no fim deste ano em Copenhague, com o fim de estabelecer um novo protocolo internacional que suceda o de Kioto.
Durante o encontro, os povos originários reafirmaram que são eles os mais atingidos pela mudança climática, e exigiram apoio para poder desenvolver planos de adaptação ao fenômeno que tivessem base em suas práticas ancestrais e em seu conhecimento tradicional.
“O ártico se derrete, África atravessa secas e muitas ilhas do Pacífico correm risco de desaparecer”, enquanto que os moradores originários são excluídos das negociações que são realizadas tanto em nível nacional como internacional, afirmou Jihan Gearon, que se encarrega da campanha sobre energia e mudança climática na Rede Ambiental Indígena (Indigenous Environmental Network).
Os moradores originários consideraram que deve ser estabelecida uma moratória ao desenvolvimento de novos combustíveis fósseis e exigiram que fossem aplicados mecanismos nos países industrializados que permitissem reduzir as emissões contaminantes que causam o aquecimento global.
Também se oporam às chamadas “falsas soluções” à mudança climática, conhecidas como “mecanismos de carbono neutral”.
Tom Goldtooth, diretor executivo da Rede Ambiental Indígena, indicou que o que queriam os povos originários eram soluções reais, e não respostas que só beneficiavam os que podiam tirar lucro delas mesmas.
Neste sentido, indicou que “uma das soluções para diminuir a mudança climática é uma iniciativa do Banco Mundial para proteger as florestas nos países em desenvolvimento, através de um regime de mercado de carbono chamado Redução de Emissões de Carbono causadas pelo Desmatamento e a Degradação das Florestas, ou REDD”, sigla em inglês.
Mas Goldtooth disse ainda que o mecanismo de REDD não atacava os problemas reais, como o desmatamento, pelo que o colocou dentro das “falsas soluções” que se apresentam diante dos problemas da mudança climática. “Que não os enganem” com esse mecanismo, disse o referente indígena.
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