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14 de Novembro de 2011 | Notícias | Indústrias extrativas
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“As comunidades de San Juan Sacatepéquez vivemos todas da agricultura.
Como fariamos para viver sem água, se dependemos dela para nosso trabalho?”, perguntou Ramona Chacón, referente da luta contra Cementos Progreso e Holcim na Guatemala.
Ramona conversou com Rádio Mundo Real durante uma rodada de imprensa de organizações guatemaltecas pelo Dia Mundial das Vítimas da Mineração, do Gás e do Petróleo.
San Juan Sacatepéquez é conhecida como “a terra das flores”, e há seis anos vem sendo ameaçado por uma série de empreendimentos da indústria de cimento, que conforme Ramona, “nos tem gerado muitas problemáticas”.
“As comunidades souberam, começaram a pedir informação e a empresa começou a ameaçar e perseguir os líderes comunitários para que abandonassem a luta”, denunciou a militante social.
Atualmente, a empresa tem projetos para explorar 136 tipos de minerais e estima-se que por esses projetos seriam consumidos cerca de 900 mil litros de água por dia. Além deste risco, as comunidades desta zona da Guatemala sofrem outra ameaça “pela destruição de nossas florestas, devido ao desmatamento indiscriminado”.
“O desaparecimento da área de floresta deixa sem fontes de água, que abastecem as 12 comunidades de San Juan, e algumas já têm sofrido esses impactos”, alertou.
Ramona comentou ainda que Cementos Progreso quer construir uma estrada “para beneficio próprio”, em referência a seu objetivo de conectar duas filiais da empresa, o que significaria a destruição de um número importante de moradias.
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