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21 de Maio de 2009 | Notícias | Anti-neoliberalismo | Direitos humanos
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O Movimento de Emancipação do Delta do Niger (Mend), denunciou a morte de civis inermes dentre eles anciãos, mulheres e crianças por causa de um ataque generalizado das forças armadas da Nigéria.
O Mend pediu para bloquear as atividades de extração de petróleo na zona do delta “até nova ordem” e convocou à população do lugar a resistir. Conforme relatórios, o Mend tem destruído duas importantes oleodutos nas últimas jornadas forçando a diminuição da extração e armazenagem de petróleo bruto.
As Forças Armadas atacaram grandes áreas civis com barcos e helicópteros. Atualmente 30.000 civis estão deslocados sem alimento nem água necessários, e proibiu-se a entrada dos organismos de ajuda à região. Na segunda-feira, os militantes prometeram bloquear as vias navegáveis mais importantes do Delta do Níger para tentar impedir que se exporte petróleo. Durante anos, os grupos militantes têm lutado por uma distribuição justa da riqueza petroleira dentre as comunidades locais que estão na empobrecida região.
A empresa estatal Nigerian National Petroleum Corp. está associada a grandes empresas petroleiras como Shell e Chevron no Delta do Níger. Na semana que vem, a Shell será julgada em Nova Iorque por sua suposta participação na execução estatal de 1995 do escritor e ativista nigeriano Ken Saro-Wiwa, e de outros oito ativistas.
A situação na Nigéria provocou o aumento preço do petróleo bruto, superando os $60 dólares o barril.
O líder da Força de Voluntários do Delta do Níger, Asari Dokubo, disse que seu movimento seguirá adiante com a sabotagem e a resistência às indústrias extrativistas “seja como for”. “Se trouxerem paz, vamos nos aferrar à paz. Se trouxerem guerra, vamos nos aferrar à guerra, porque não podem nos tratar assim, e não podemos simplesmente levantar as mãos e cair, e morrer. Não, vamos lutar”, afirmou Dokubo ao veículo estadunidense Democracy Now.
Grupos de direitos humanos locais dizem que o uso de helicópteros e barcos tem gerado uma “evacuação massiva” dos moradores e têm instado à moderação às forças de segurança. Têm pedido a ambas partes que permitam o acesso de forças de ajuda humanitária aos deslocados.
A situação tem causado uma redução de sua produção de petróleo, a menos de dois terços de sua capacidade de 3 milhões de barris por dia, o que limita a renda estrangeira e pressiona as finanças governamentais.
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