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17 de Julho de 2009 | Entrevistas | Agrocombustíveis na Colômbia | Direitos humanos
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Contra o que indicaria a lei, nesta terça-feira 14 de julho, procedeu-se ao desalojo de 123 famílias na localidade de Bolívar na Colômbia. O caso havia sido elevado pela recente Missao Internacional de Verificaçao sobre Agrocombustíveis na Colômbia frente a diversas instâncias oficiais como a Procuradoria Geral da República e Defensoria do Povo, entre outras. Porém, primou a indiferença oficial.
Tratam-se de famílias que conformam a Associaçao de Cacaoteros de Buenos Aires, desalojadas apesar de que o Instituto Colombiano para o Desenvolvimento Rural (Incoder) assinalasse a condiçao de irregularidade que implicaria realizar uma diligência desta natureza.
Esta açao vai contra os direitos fundamentais das 123 famílias desalojadas e claramente bebeficia às empresas APORTES SAN ISIDRO S.A. y C.I. TEQUENDAMA, membros de FEDEPALMA, Federaçao Nacional de Cultivadores de Palma de Azeite.
Organizaçoes colombianas e internacionais na semana passada apresentaram este caso no marco de uma missao internacional sobre o impacto de monocultivos para agrocombustíveis. Censat - Agua Viva, o Processo de Comunidades Negras e Grupo Semillas expuseram uma missiva ao Presidente Álvaro Uribe as consequências internacionais do desalojo: “o Estado colombiano, que é estado parte do PIDESC e do Protocolo de San Salvador incurriria em uma clara violaçao de suas obrigaçoes internacionais de direitos humanos e especialmente do direito à alimentaçao, especificamente de sua obrigaçao de respeitar, segundo a qual o Estado deve abster-se de interferir na realizaçao eficaz dos direitos das pessoas”, dizem as organizaçoes em sua carta.
Oferecemos a seguir uma reportagem feita à advogada atuante no caso, Elizabeth Ruiz, realizada pelos colegas de Contagio Rádio de Bogotá
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