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16 de Novembro de 2011 | Notícias | Justiça climática e energia | COP 17
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As demandas por energia barata e renovável para as comunidades locais e para deter totalmente a mineração e o uso de carvão como fonte energética, serão as mais importantes da organização sul-africana Greater Middleburg Resident’s Association (Associação de Residentes de Greater Middleburg) na próxima conferência sobre o clima das Nações Unidas (COP-17), a ser realizada em seu país.
“Vamos exigir que todas as atividades mineradoras sejam paralisadas completamente”, disse à Rádio Mundo Real o ativista Thomas Mnguni, representante desse grupo social. “Deixemos o carvão no solo e usemos energias renováveis, essa é a mensagem mais forte que enviaremos à COP-17”, a ser realizada de 28 de novembro a 9 de dezembro em Durban.
Cerca de 100 porcento da energia sul-africana gera-se a partir de carvão, o que provoca grandes emissões de dióxido de carbono, o mais contaminante dos gases de efeito estufa.
Middleburg é uma localidade da província de Mpumalanga e a Greater Middleburg Resident’s Association foi fundada para proteger os direitos e interesses dos cidadãos locais. Realiza trabalhos de educação em diversos temas para que as pessoas defendam esses direitos com novas ferramentas. Destaca-se a defesa do direito à saúde, a um meio ambiente natural, à comida orgânica, à água e ar limpos, aos protestos públicos, entre outros.
O grupo sul-africana tem estado realizando oficinas e manifestações sobre assuntos ambientais, e pressionando o governo para que tome medidas que impactem positivamente na vida das pessoas, conforme disse Mnguni à Rádio Mundo Real. “Precisamos energia barata e renovável em nossas comunidades”, destacou. Essa demanda foi enviada a um departamento de governo sobre energia e recursos minerais, e têm estado tecendo laços com outros grupos, por exemplo religiosos, para destacar a necessidade de lutar pelo uso de fontes energéticas renováveis.
A Greater Middleburg Resident’s Association estará participando da Semana da Energia Suja, que será realizará em Durban de 22 a 25 de novembro, organizada por groundWork – Amigos da Terra da África do Sul, e em outras atividades e manifestações para pôr suas demandas em matéria energética no debate.
Mnguni contou que na província de Mpumalanga, a 200 quilômetros do aeroporto de Johannesburgo, há uma intensa atividade mineradora com uma importante drenagem ácida. “Estamos expostos a uma grande quantidade de arenas betuminosas das operações mineradoras”, disse o dirigente social. “E também temos a Eskom (energética estatal) na zona, que tem um grande volume de emissões de gases de efeito estufa na Africa do Sul”, acrescentou.
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