24 de mayo de 2010 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
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As grandes agências de notícias já não falam tanto do golpe de Estado em Honduras, mas isso não significa que a situação tenha melhorado no país centro-americano. “Desde que Porfirio Lobo está no governo têm se duplicado as perseguições e os assassinatos”, sentenciou no diálogo com Rádio Mundo Real o dirigente René Amador, da Frente Nacional de Resistência Popular em Honduras.
O sindicalista Amador teve que abandonar seu país pelos permanentes fustigamentos que sofria das autoridades, e agora denuncia, em meio a um bloqueio informativo, a situação que vivem seus compatriotas.
Conforme contou, durante a gestão de Lobo têm sido assassinados sete jornalistas e muitos destes crimes têm sido apresentados à sociedade hondurenha como uma consequência de delitos comuns.
“Está acontecendo o mesmo do que nos anos 80, quando por trás de uma suposta onda de criminalidade estavam disfarçadas todas as violações aos direitos humanos contra os dirigentes sociais”, considerou o militante da Frente.
Amador saudou a posição dos países da Unasul prévia à Cúpula de Madri –quando rejeitaram a presença de Lobo por ter sido eleito sob o mandato do ditador Roberto Micheletti-, e repudiou a atitude que tomaram os governos direitistas do Peru e da Colômbia, que reconhecem como “legítimo” o governo hondurenho.
Para devolver a gentileza, Lobo partiu este domingo 23 de maio numa viagem onde tem previsto se reunir com os mandatários da Colômbia, Álvaro Uribe, e do Peru, Alan García.
“Este laboratório que hoje têm em Honduras e que têm funcionado por enquanto, tem se enfrentado com um mundo de dignidade e devemos seguir pressionando para que este antecedente funesto não se repita em outros países. Em Honduras está em jogo a saúde democrática de toda a América Latina”, concluiu Amador na entrevista.
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