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15 de Julho de 2010 | Notícias | Foro Social de las Américas 2010 | Anti-neoliberalismo | Soberania alimentar
IV Fórum Social Américas
Organizações paraguaias esperam apoio político de movimentos no FSA
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Os grupos facilitadores do IV Fórum Social das Américas -que será realizado de 11 a 15 de agosto em Assunção, capital paraguaia-, confiam em que as centenas de delegados dos movimentos sociais que estarão na atividade vão se interiorizar na situação política que atravessa o país, governado desde agosto de 2008 pelo esquerdista Fernando Lugo, e servirão de apoio político para os processos internos.
É o que considera Magui Balbuena da Coordenadora Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (CONAMURI), que pensa que no Paraguai “têm se aberto as portas e há um caminho que temos que andar”, embora para isso é necessário avançar em força, precisão política e propostas
“O Paraguai tem uma história muito rica de lutas sociais, e que sejam conhecidas pode gerar um apoio político dos movimentos sociais do continente”, manifestou Balbuena, numa intervenção que divulga La Voz de los Movimientos Sociales.
Grupos como a Conamuri, apostam na consolidação de um país mais igualitário e democrático, e isso inclui aspectos como as mudanças no modelo de produção e a recuperação dos territórios, uma das consequências mais complexas da imposição do modelo do agronegócio.
A quarta edição do FSA tem como um de seus eixos centrais a discussão da soberania alimentar para conseguir “novos equilíbrios de vida”.
Nas oficinas dedicadas a este tema serão debatidos temas como justiça ambiental; novos padrões de produção e consumo; as respostas às catástrofes; a luta contra a mercantilização da vida e a agroecologia como uma alternativa válida.
Dentro deste eixo temático também se falará dos impactos do modelo extrativista; as resistências locais diante da mineração e os mega-projetos; e o peso das privatizações e a mercantilização dos recursos naturais, entre outros pontos
O Paraguai será anfitrião de uma das instâncias mais importantes de coordenação dos movimentos sociais da América Latina, depois das experiências anteriores em Quito (2004), Caracas (2006) e Guatemala (2008).
