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15 de Março de 2011 | | | |

Estão presentes

“Agito com os Pés na Terra” em Cali pela memória dos crimes de Estado

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O centro das ações e protestos na Colômbia está sendo o papel de vitimário que o Estado está assumindo. Saber quem se beneficia com estes crimes também faz parte da preocupação social que exige o fim da impunidade.

O Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado (MOVICE) na Colômbia, fez na cidade de Cali a “Agito com os Pés na Terra”, jornada de mobilização pela memória das vítimas mas também para exigir a solidariedade da sociedade colombiana e internacional, exigir verdade, justiça, reparação integral e repudiar a re-vitimização, e a impunidade.

Durante o desenvolvimento desta atividade, Rádio Mundo Real conversou com Walter Agredo de uma organização próxima MOVICE conta sobre a mobilização: “manifestar à comunidade nacional e internacional que na Colômbia existem crimes de Estado, há desaparecimentos, execuções extra-judiciais, desalojamentos por agentes estatais, onde o Estado tem atuado por ação ou por omissão”, indica.

“O Estado colombiano tem excluído do debate da Lei de Vítimas e de desalojamentos de Terras as verdadeiras vítimas”, diz Walter que exige a participação real das famílias, no campo e na cidade, verdadeiramente atingidas, com as garantias adequadas em cada caso para que não exista uma repetição desses crimes.

Para Walter o objetivo não é apenas de saber quem atirou “mas também saber quem se beneficiou com esse tiro; saber quem desalojou, mas sobretudo quem se apropriou das terras daqueles que foram desalojados”.
Na jornada estiveram vítimas de todo o país, que viram cair seus familiares e amigos pelas mãos daqueles que juraram protegê-los; é o caso de Martha da Associação de Famílias “Numa só dor”, que afirma que: “foram levados por quatro caras, e os mataram e os disfarçaram de guerrilheiros, estas são as execuções extra-judiciais ou mal chamados falsos positivos…”.

“Queremos que nenhum caso dos falsos positivos fique impune”, dizem Marta e David. “O que preocupante não é tanto a violência dos maus, mas a indiferença dos bons”, resume David.

Martha Giraldo do MOVICE Valle del Cauca, contou o seu caso. “No dia 11 de março de 2006 chegaram 11 militares membros do Batalhão da Alta Montaña da Terceira Brigada, assassinaram meu pai, no outro dia apresentaram ele como guerrilheiro que teria caído em combate… desde esse momento temos empreendido uma luta dura, não só os familiares mas as organizações defensoras de Direitos Humanos”.

Martha convoca para continuar com a luta: “todos aqueles temos sido vítimas de crimes tão terríveis como estes, de violações aos Direitos Humanos devemos continuar na luta, não devemos deixar nossos mortos no esquecimento, deve ser um compromisso moral defender seus nomes, não permitir que o esquecimento imponha a impunidade em nosso país”.

Foto: quiendebeaquien.org

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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