O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.

{mini}Versão para imprimir

English · Español · Português

9 de Março de 2009 | | |

Dia de luta

Mulheres da Via Campesina fortalecem-se contra o agronegócio

Duração: 2:40 minutos
Baixar: MP3 (1.8 Mb)

Dia 8 de março não é um dia de mera comemoração para as mulheres. É um dia de luta. Essa é a mensagem que pretendem enviar as trabalhadoras reunidas na Via Campesina, que têm realizado ações em todo o mundo para denunciar os impactos do agronegócio e as monoculturas.

No Brasil, por exemplo, as mobilizações foram muitas e variadas. Cerca de 700 camponesas ocuparam nesta manhã a fazenda Ana Paula, da empresa Votorantim Celulose e Papel (VCP), no estado do Rio Grande do Sul.

Para denunciar os danos que provoca a expansão dos eucaliptos, em matéria de desertificação e ameaça à biodiversidade, as ocupantes iniciaram a medida de luta com o corte de árvores na área da empresa.

As mulheres riograndenses afirmam que em muitos campos vizinhos ao da VCP está faltando água para consumo humano e alimentação de animais. Além disso, denunciaram irregularidades com um empréstimo milionário concedido pelo BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social a VCP, e que lhe permitiu a ela comprar a Aracruz Celulose.

Já em anteriores ocasiões a Via Campesina ocupou áreas florestais ao sul do país, sob o lema “Terra para produzir comida. Não ao deserto verde”.

Nestas jornadas do Dia Internacional da Mulher, também houve argumentos comuns para denunciar o agronegócio em nível nacional. Conforme cifras da Via Campesina, somente em dezembro do ano passado este setor deixou sem trabalho 134 mil brasileiros por causa da crise financeira internacional.

A história é tão velha quanto o sistema capitalista: os benefícios dos períodos de lucro são para alguns poucos e as consequências das etapas de crise devem ser pagas por todos, sobretudo os trabalhadores. Apesar deste sombrio panorama –que de certa forma confirma algunas predições dos movimentos sociais-, as demandas da Via Campesina estão fazendo se sentir nesta jornada.

Cerca de 800 integrantes do movimento ocuparam uma área do Ministério de Agricultura em Brasilia, a capital do país. Ali denunciara as políticas públicas dirigidas a beneficiar latifundistas, ruralistas e o capital financeiro, informou em seu site de internet o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

No estado do Espírito Santo, 1.300 mulheres da Via Campesina ocuparam a Portocel, o porto de exportações da Aracruz Celulose; em São Paulo cerca de 600 camponesas do MST fizeram o mesmo com um latifúndio do grupo Cosan, símbolo do desenvolvimento do setor sucroalcooleiro; e no Paraná cerca de mil manifestantes levaram as suas demandas às cidades de Porecatu.

(CC) 2009 Radio Monde Réel

mensagens

Quem é você? (opcional)
A sua mensagem

este formulário aceita atalhos SPIP [->url] {{bold}} {itálico} <quote> <code> e o código HTML <q> <del> <ins>. Para criar parágrafos, deixe linhas vazias.

Fechar

Amigos de la Tierra International

Agencia NP

Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.