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24 de septiembre de 2010 | | |

Desandar o caminho amargo

Eduardo Bellelli (MNCI): lutar para que os desalojados da terra possam voltar

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Em duas décadas, quase meio milhão de famílias camponesas argentinas percorreram o amargo caminho de sua terra à cidade que ainda hoje é hostil com eles. Fazer com que esse êxodo da pobreza seja revertido é talvez um dos maiores compromissos do Movimento Nacional Camponês Indígena no encerramento de seu Congresso.

Um dos desafios assumidos pelo Movimento Nacional Camponês e Indígena argentino (MNCI) em seu primeiro congresso realizado em Buenos Aires é que através da luta, rural e urbana, sejam abertos caminhos para o “desexílio” dos milhares de camponeses expulsos para as cidades.

Esse retorno ao campo, faz parte fundamental da reforma agrária integral que o MNCI propõe dentro de sua plataforma há uma década e que reafirmou neste encontro nacional de três dias, como ante-sala do V Congresso da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC) Vía Campesina a ser realizada em outubro em Quito, Equador.

Eduardo Bellelli, do Movimento Camponês de Córdoba conversou com Rádio Mundo Real minutos antes de ser realizada a mística de encerramento do Congresso e explicou como, para o movimento nacional, deve-se passar da fase de resistência à fase de consolidação e repovoamento rural organizado e sustentável.

Ou como expressa o lema do congresso, os camponeses “somos terra para alimentar os povos”.

Para tornar possível esta mudança civilizatória, o MNCI combina a formação acadêmica de seus integrantes, com suas escolas e universidades camponesas e a recuperação dos saberes tradicionais.

Num plano de igualdade conviveram durante três dias, anciãos das comunidades de várias províncias, mulheres que compartilharam seu conhecimento das ervas medicinais, com profissionais universitários, pesquisadores agrônomos, juristas e especialistas em ciências sociais e da comunicação.

Foi significativo, nesse contexto, que o documento base para a demanda de Reforma Agrária Integral que começou já na possibilidade de resistência organizada a desalojamentos e recuperação de campos comunais tenham sido lida por jovens das diferentes comunidades.

Bellelli, agrônomo de formação, afirma "temos ferramentas, elementos para que essa reforma agrária passe a ser a da consolidação e o desenvolvimento".

E forneceu um dado: da década de 90’, 300 mil famílias camponesas têm abandonado o campo emigrando para a cidade, tem se abandonado a agricultura de auto-consumo urbana... mas esses saberes estão latentes nos bairros e vilas e deve ser convocada para a Argentina igualitária que busca o MNCI.

(CC) 2010 Radio Mundo Real

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