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22 de febrero de 2010 | | |

Azul forte

Desalojamentos violentos em Montes Azules, Chiapas têm como objetivo fazer plantíos de monoculturas, instalar usinas para produção de agrocombustível e projetos turísticos de luxo

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Com o pretexto de fazer “reflorestamento” da área e estabelecer centros turísticos privados em Montes Azules, estado mexicano de Chiapas, têm sido realizados nos primeiros dias do ano desalojamentos forçados de comunidades locais.

Os povoados atingidos por essa política do estado mexicano são:
6 de Octubre, San Gregorio, Nuevo San Gregorio, Ranchería Corozal, Suspiro, Buen Samaritano y Laguna San Pedro y Salvador Allende, entre outros. Vários desses povoados que vêm sendo barridos são bases do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN).

Conforme o jornal La Jornada do dia 31 de janeiro, os povoados acusam o governo de mentiroso e de fazer armadilhas, que queima casas de indígenas, enquanto jornais falam da relocalização dos zapatistas de Laguna San Pedro, que tiveram seus lares destruídos, o mercado cooperativo saqueado e perdas de árvores frutais, milho, feijão, roupa e ferramentas de trabalho.

Projetos privados para o cultivo de palma de azeite com destino ao biodiesel, bem como florestamento e criação de circuitos turísticos de luxo no território de Chiapas estão por trás destes avassalamentos das comunidades.

Conforme depoimentos das famílias desalojadas de El Suspiro – 21 de janeiro–, chegaram de três e cinco helicópteros, dos quais 60 policiais com uniformes pretos ou camuflados. “Os policiais tiraram violentamente María Cortés Pérez e Magdalena García Cortés de sua casa, para depois levando-as em helicóptero a Palenque”. O desalojamento foi realizado sem prévio aviso, sem mostrar nenhum documento oficial, sem nenhuma explicação.

A Reserva da Biosfera de Montes Azules possui a quinta parte da diversidade biológica mexicana: ali está 50% das florestas úmidas tropicais, 50% das aves, 50% das borboletas diurnas, 30% dos mamíferos e 10% do total de espécies marinhas de água doce.

Para o governo mexicano, as comunidades que habitam nessa reserva são “povoados irregulares” que devem ser despejados para plantar palma africana e instalar a planta de processamento de agrodiesel com investimentos privados.

Para a organização Otros Mundos, parte da federação Amigos da Terra Internacional (ATI), as ações no município de Ocosingo demonstram “o desprezo do Governo de Chiapas pelos chiapanecos e chiapanecas, mediante mentiras e violência de forma constante, especialmente contra os povos originários, atentando contra culturas, formas de vida e integridade física”.
A organização ambientalista acusa o governador de Chiapas Juan Sabines de entregar “a terra e o território de Chiapas a quem oferecer o melhor preço”.

Várias organizações de Chiapas têm exigido o fim imediato dos desalojamentos e para isto está sendo organizado para os dias 6 e 7 de março o “Fórum Social de Montes Azules pela defesa de nossos direitos à vida e ao território” a ser realizado em Candelaria com presença de delegados internacionais e mídia.

Foto: www.sipaz.org/

(CC) 2010 Radio Mundo Real

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