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6 de Junho de 2012 | | |

A mobilização é central

Martín Drago de REDES - Amigos da Terra Uruguai fala sobre a Cúpula dos Povos

A convocatória para a Cúpula dos Povos que será realizada no Rio de Janeiro de 15 a 23 de junho já está clara e aguarda-se a presença de 23 mil a 25 mil pessoas, sendo que há algunos meses atrás acreditava-se que seriam cerca de oito mil participantes.

Para chegar a isso, foi preciso um trabalho de articulação prévio, que levou um ano e meio, e que envolveu organizações que são referencia na América Latina, dentre elas Amigos da Terra, a Via Campesina, a Marcha Mundial das Mulheres e Jubileu Sul, entre outras.

Martín Drago, de REDES - Amigos da Terra Uruguai, explica nesta entrevista que o processo de reinvenção do capital que é possível ver nos marcos da cúpula oficial do Rio de Janeiro, gerou uma necessidade: os movimentos sociais têm que rearticular suas lutas em nível local e nacional.
Nesse sentido, para Martin, a Cúpula dos Povos do Rio de Janeiro é uma oportunidade para “dar um salto de qualidade” e reconstruir “yuna mística” similar a que permitiu deter a ALCA na cúpula de Mar del Plata de 2005.

A organização da Cúpula dos Povos concluiu que o formato dos últimos fóruns sociais mundiais não era suficiente, e que nesta etapa é fundamental gerar espaços de convergência e articulações, além de evitar as atomizações.

Neste novo formato se tentará aprofundar acordos em três temas: pela justiça social e ambiental; contra a mercantilização da vida e a natureza; e em defesa dos bens comuns. Também está definido que trata-se de uma cúpula autônoma dos governos, livre de las corporações; e que seus objetivos são denunciar as causas estruturais da crise e as falsas soluções, e esse iminente plano de “relançamento do capital”.

“Também dar visibilidade às lutas e às soluções. Nossos povos inventam e implementam soluções diariamente. Esta cúpula é uma oportunidade para amplificá-las”, comentou o ativista uruguaio.

Martin opina, por outro lado, que nesta conjutura é central acumular forças, apostar em uma rearticulação dos movimentos sociais e construir agendas de lutas comuns. “Há que fazê-lo da mobilização nas ruas, não é uma cúpula para nos sentar a debater em salões”, indicou.

Que coisas podem se encontrar nesta Cúpula dos Povos? Haverá acampamentos, territórios do futuro, atividades culturais com perspectiva política, feiras e exposições, espaços para a comunicação alternativa e eventos autogestionados.

Também foram organizadas cinco plenários de convergência ordenadas por eixes temáticos: direitos, justiça social ambiental; defesa de bens comuns contra a mercantilização; soberania alimentar; energia e indústrias extrativas; trabalho, por uma outra economia e novos paradigmas de sociedade.

Sob o lema de que “a mobilização é central”, a organização da Cúpula dos Povos segue atentamente todas as atividades que ocorrem previamente ao encontro no Rio, em diversos lugares do mundo. Os coletivos e organizações que estejam impulsionando mobilizações desse tipo podem comunicá-lo através do correio eletrônico mobiliza@rio2012.org.br

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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