11 de septiembre de 2013 | Entrevistas | 9ème Rencontre Internationale de la Marche Mondiale des Femmes | Derechos humanos | Género | Soberanía Alimentaria
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O último dia do Encontro Internacional da MMM foi intenso. Pela manhã grupos que trabalharam sobre pontos fundamentais durante encontro (antiracismo, visibilidade lésbica, comunicação e cultura contrahegemônica, solidariedade internacional, entre outros) socializaram seus debates em plenária. À tarde cerca de 4 mil mulheres marcharam pelo centro de São Paulo sob o lema "Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo", terminando a jornada com um ato na Praça da República.
Durante a manhã a coordenadora do Secretariado Internacional (SI) da MMM, Miriam Nobre entregou a Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade à delegação moçambicana da Marcha, simbolizando a passagem do Secretariado para esse país.
“Nós aqui do Brasil recebemos o Secretariado Internacional do Quebec em 2006. Acreditamos que conseguimos manter a cultura política da Marcha de trabalhar, de construir consenso entre mulheres com experiências e culturas políticas diferentes, afirmando o nosso movimento como um movimento feminista, anticapitalista, antiracista, antihomofóbico.”, avaliou Miriam antes dar inicio à entrega simbólica da Carta.
Durante a tarde, e já nas ruas de São Paulo em meio a várias palavras de ordem, a Convergência de Comunicação dos Movimentos Sociais entrevistou quem será a nova coordenadora do SI, a moçambicana Graça Samo.
Cercada por suas companheiras, Graça contou: “Estamos muito felizes de termos sido eleitas para hospedar o secretariado internacional a partir de janeiro de 2014. Isso representa um desafio muito grande para as mulheres de Moçambique, mas também uma conquista muito grande, porque é um reconhecimento as nossas lutas políticas para mudar a vida das mulheres”.
A militante feminista afirmou que o fato de o SI ir para Moçambique significa a responsabilidade de fortalecer a luta política para conquistar a autonomia das mulheres no continente africano, que significa “autonomia pelo seus corpos, pelos seus recursos naturais, e pela terra” que continua sob forte ameaça das corporações transnacionais conforme Graça.
Pela manhã, ela ressaltou a necessidade de que as 1600 mulheres presentes no encontro em São Paulo levem as discussões, experiências e idéias realizadas nesses dias, de volta para cada país, cada movimento de base e cada comunidade “para que as outras mulheres que ficaram possam partilhar conosco, e levar consigo essa força para continuar a luta, construindo esse movimento incontornável, esse movimento que vai transformar o mundo”, concluiu Graça.
Ouça a entrevista no arquivo anexo.
Baixe o Caderno do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres
Foto: Cintia Barenho MMM-RS/CEA/Convergência de Comunicação dos Movimentos Sociais
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