30 de abril de 2013 | Noticias | Bosques y biodiversidad | Soberanía Alimentaria
Uma recente pesquisa de campo independente confirmou que no Equador, onde a Constituição proíbe em princípio a introdução de eventos transgênicos, não existem variedades de milho geneticamente modificados por cruzamento. No entanto, alguns sinais do governo de Rafael Correa mantêm as organizações alertas.
Nos marcos do Dia Mundial da Terra, no dia 22 de abril, organizações equatorianas apresentaram um relatório em que constatam a inexistência de variedades de milho transgênico nesse país.
Sobre isto Elizabeth Bravo disse em entrevista com Rádio Mundo Real* que a inspiração para este estudo esteve no México e indicou que os resultados foram muito satisfatórios ao não se constatar traços de milhos geneticamente modificados.
No debate proposto pelo poder executivo equatoriano para modificar a Constituição de 2008 que estipula a proibição aos Organismos Geneticamente Modificados (OGM), Bravo indicou que as organizações estão alertas frente ao posicionamento da nova Assembleia Legislativa.
Um dos argumentos nesse sentido foi que o milho equatoriano já estava contaminado por OGM, algo que este estudo desmente, disse Bravo, coordenadora científica da pesquisa.
A metodologia consistiu em avaliar a existência de três proteínas transgênicas nas folhas do milho antes do floramento, conforme as organizações participantes no estudo. A ausência de transgênicos "é algo que temos que agradecer a nossos agricultores, a nossos camponeses que têm sabido proteger nosso patrimônio genético", disseram ao apresentar seus resultados.
Por sua parte Josefina Lima, dirigente indígena da população de Otavalo, ao norte equatoriano, destacou a importância do milho para a alimentação das comunidades andinas e costenhas desse país.
“Mais do que o ouro, mais do que a prata, o milho é o principal alimento de nossos comunidades”, disse Josefina quem é ainda médica tradicional.
Em seu programa de sábado do dia 27 de abril, o presidente Rafael Correa deu um sinal favorável aos transgênicos ao dizer: “Eu não estou de acordo com os transgênicos mas sim com o sentido comum. O que acontece se um transgênico é positivo para a saúde humana? Não podemos colocar cadeados constitucionais”**, disse o mandatário recentemente reeleito.
Durante a apresentação foi lido o mandato das meninas e meninos do Equador em defesa do milho crioulo.
Foto: http://www.ecoportal.net
* Entrevistas de nossa colaboradora no México, Mónica Montalvo, presente no Equador.
** http://www.elcomercio.com/politica/Resumen-Enlace-Ciudadano-Mocache-Rios_0_908909302.html
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