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11 de noviembre de 2011 | |

Laços de amizade

Organizações da Guatemala denunciam “cumplicidade do governo” com as indústrias extrativas

A comunidade internacional deveria seguir com mais atenção o “desapossamento” que estão sofrendo comunidades indígenas na Guatemala, advertiram neste 10 de novembro as organizações desse país, em ocasião de uma rodada de imprensa pelo Dia Mundial das Vítimas da Mineração, Gás e Petróleo.

A atividade, que teve expressões similares em outros países que sofrem estas problemáticas, se desenvolveu no departamento de Sololá.
Participaram familiares de vítimas e grupos de atingidos pela mineração e os mega-projetos hidrelétricos que chegaram de San Idelfonso Ixtahuacan, Huehuetenango, San Miguel Ixtahuacan San Marcos e El Estor.

Nesse contexto, denunciaram que a Guatemala vive uma “nova fase de exploração e saqueio de nossos bens naturais”, que aprofunda as políticas iniciadas pelo governo de Álvaro Arzú, quando estabelecidas as bases legais e políticas desta “quarta invasão e desapossamento de nossos territórios”.

Isso foi possível, conforme os grupos locais, pelas políticas de promoção ao investimento nacional e estrangeiro, que acabaram “concessionando nossos territórios em mãos de empresas transnacionais, violando nosso direito à livre determinação como povos originários, reconhecidos pelo Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho”.

Neste país centro-americano, como em tantos outros, a institucionalidade pública “sistematicamente” têm estado ao serviço das empresas nacionais e transnacionais “utilizando a perseguição legal, a repressão, intimidação e militarização” como estratégias para a “desmobilização da resistência comunitária”.

Entre outros dirigentes que têm sido vítimas deste modelo, na conferência os ativistas lembraram aos guatemaltecos Raúl Castro Bocel, Hilmer Orlando Boror, Guadalupe Chajon, Santiago Boch, Herman Antonio Curup, Juan López, Colotenango, Víctor Gálvez, Oscar Reyes, Rhilmer Boror, Adolfo Ich Chaman e Lorenzo Acabal.

“Não podemos permitir que os governos e empresas transnacionais continuem violando nossos direitos fundamentais, tirando a vida de nossos povos. Não mais repressão contra defensoras e defensores da vida e dos territórios. Não mais assassinatos no mundo na defesa da vida e os bens naturais. Não mais cumplicidade dos Governos com as indústrias extrativas”, exigiram na proclama lida à imprensa.

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