Os indígenas protestavam pacíficamente, rejeitando a aprovação de uma série de decretos legislativos que permitiam a exploração de recursos da floresta amazônica por parte de investidores privados.

Nas imagens é possível ver grandes espaços se incendiando e a confusão que se vivia no momento da repressão, quando os indígenas tentavam carregar os feridos enquanto os helicópteros sobrevoavam o lugar.

O Vicariato de Jaén havia denunciado o dia depois dos enfrentamientos como a polícia esperava que os indígenas feridos saíssem do hospital para prendê-los.

“São cerca de 25 nativos mortos, cujos cadáveres estão no morgue, e há uma versão de que outro grupo de nativos teria sido atirado no rio Marañón por policiais da Diroes [Direção de Operações Especiais]. Além disso, mais feridos permanecem nos matorrais dessangrando-se e a polícia impede sua passagem”, havia afirmado naquele então à Coordenadora Nacional de Rádio Nicanor Alvarado, representante da mesa ambiental do Vicariato.

Alvarado lamentou o agir das forças policiais. “Em Bagua não há direitos humanos, esta é uma zona de guerra”, afirmou nesse então.