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1 de Setembro de 2011 | Notícias | Direitos humanos | Gênero
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A situação que vive o Haiti após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, e que arrasta há muito tempo atrás, é trágica em muitos sentidos.
Organizações defensoras dos direitos humanos denunciam a situação de violência sexual que sofrem as mulheres nos acampamentos para desalojados, e enquanto isso, países como o Uruguai, que têm militares nesta ilha caribenha, investigam denúncias contra militares que têm atacado com violência moradores locais.
Nesta semana, o portal espanhol Más Voces informou que nos acampamentos improvisados ainda moram um milhão de pessoas, vinte meses após aquele trágico desastre natural.
Conforme Más Voces, a fragilidade destas estruturas e o caos geral têm transformado estes lugares em uma “armadilha” para as mulheres e meninas que moram ali, expostas à violência sexual e de gênero. “Nos primeiros 150 dias após o terremoto foram denunciados mais de 250 casos de violação em vários acampamentos, e acredita-se que esta cifra é somente uma pequena amostra da realidade”, afirma o artigo, que menciona denuncias feitas pela organização Anistia Internacional.
Os depoimentos de mulheres que recolheu esta organização nos acampamentos são dramáticos. Elas contam sobre episódios de ataques de quadrilhas ou indivíduos armados que chegam ao lugar para estuprá-las, afirmando que os maiores riscos ocorrem à noite.
Mas não são as únicas imagens aberrantes que chegam do Haiti. Ontem, o Ministério de Defesa do Uruguai divulgou um comunicado de imprensa onde confirma a existência de um vídeo, de menos de um minuto, onde é possível ver militares uruguaios abusando de um haitiano.
O material chegou às mãos da Chancelaria na segunda-feira 29 de agosto, a partir de uma comunicação da Missão Permanente do Uruguai às Nações Unidas (ONU).
Os resultados da investigação serão divulgados nas próximas horas, mas o Ministério de Defesa do Uruguai admite em seu comunicado que no vídeo aparecem “militares da Armada Nacional no Haiti que supostamente cometem atos aberrantes contra um cidadão desse país”.
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