Na entrevista, que se desenvolveu nos marcos da participação de Farvar na Consulta Regional das OSC da Europa, Ásia Central e Ocidental sobre as Diretrizes Voluntárias para a posse da Terra e dos Recursos Naturais da FAO, referiu-se à vários problemas que enfrentam atualmente os povos nômades, tais como políticas públicas inadequadas que visam a sedentarização e as práticas do agronegócio, que em ocasiões atua com a cumplicidade dos governos.

“As empresas transnacionais são talvez uma das piores, digamos, pragas dos nômades, porque querem tomar a terra (...) então os nômades perdem sua capacidade de viver, porque as terras, embora sejam utilizadas estacionalmente -uma parte do ano- fazem parte do território: porque o conceito de território é muito importante para os povos indígenas de todo tipo, mas sobretudo para os povos móveis, e então eles têm direitos consuetudinários a essa terra”, indicou o secretário geral da Aliança Mundial dos Povos Indígenas Nômades.

“Mas outro tipo de atores não reconhecem isso”, acrescentou Farvar nesta entrevista com Rádio Mundo Real.