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24 de Fevereiro de 2009 | |

Turismo desapropriador

Garífunas hondurenhos denunciam saqueio territorial

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Definem-se como “pacíficos e tolerantes” por natureza. Mas sentem que a paciência já se lhes agotou. As comunidades garífunas de San Juan Tela, em Honduras, estão pedindo a intervenção do Estado para deter o “calote jurídico” que estão sofrendo e que está derivando no saqueio de seus territórios ancestrais.

Políticos, empresários e militares. Esses são os atores identificados pelos garífunas como os principais responsáveis do conflito territorial, já que são os principais interessados na especulação imobiliária destinada a projetos turísticos.

Os promotores imobiliários prometem hotéis de luxo, condomínios e campos de golfe, enquanto as autoridades de governo fecham trato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que está disposto a financiar os empreendimentos.

Através de um comunicado público divulgado dia 14 de fevereiro, a comunidade garífuna de San Juan Tela denuncia que os interesses particulares de alguns poucos se sobrepõem aos direitos coletivos da comunidade, apesar de que existem medidas cautelares decretadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Os antecedentes deste longo conflito por terras são complicados. Nessa história existem desalojamentos, perseguições, ameaças e crimes impunes.
Tampouco faltam expedientes de propriedade que misteriosamente desaparecem de escritórios públicos, e que acabam favorecendo os promovedores dos supostos “planos de desenvolvimento” para a região, dentre eles o Instituto Nacional Agrário (INA), e a Organização de Desenvolvimento Étnico Comunitário (ODECO).

Um dos principais dirigentes comunitários, Wilfredo Guerrero, que preside o Comitê por Defesa da Terra, sofreu em 2005 um atentado que nunca acabou de esclarecer. Sua casa em San Juan Tela foi incendiada, em circunstâncias confusas, embora ele e sua família sairam ilesos.

Em outubro de 2007, Guerrero foi detido em sua casa por pessoas encapuzados, dependentes do Ministério de Segurança, e até agora não se sabe de que foi acusado.

(CC) 2009 Radio Monde Réel

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