16 de junio de 2012 | Videos | Cumbre de los Pueblos en Rio+20 | Industrias extractivas
Tudo seja pelo lucro
Siderúrgica da ThyssenKrupp e da Vale criticada por seus impactos sanitários em região perto do Rio de Janeiro
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Alergias, problemas respiratórios, hemorragias nasais, surgimento de pragas, e fortes dificuldades para a atividade pesqueira, é só uma parte da realidade que enfrenta diariamente a população brasileira de Santa Cruz, localidade situada ao oeste do Rio de Janeiro. Os habitantes locais afirmam quem está fazendo estragos é a planta siderúrgica pertencente à companhia alemã ThyssenKrupp e à brasileira Vale. A fábrica está em funcionamento há dois anos, embora não tem a licença definitiva para seu trabalho.
Nesta sexta-feira, ao tempo que começavam as atividades da Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro, paralela à cúpula das Nações Unidas de desenvolvimento sustentável na mesma cidade, Rádio Mundo Real participou de um “Toxic Tour” pela zona atingida pela indústria siderúrgica, em plena Baía de Sepetiba. A viagem, que levou o nome de Rio+Tóxico, foi organizada por vários movimentos e organizações sociais principalmente do Brasil. Alguns deles foram Jubileu Sul, a Rede Brasileira de Justiça Ambiental e Amigos da Terra desse país.
Desde meados de 2010 ThyssenKrupp Compahia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) realiza sua produção de aço na zona da Baia de Sepetiba. A empresa espera atingir os cinco milhões de toneladas anuais quando funcione ao máximo de sua capacidade, conforme seu site. Os moradores de Santa Cruz denunciam e mostram que a fábrica emite regularmente ao ar partículas de aço, fácilmente detectáveis também na terra. Somado às emissões de gases de efeito estufa, a empresa está contaminando gravemente o meio ambiente e atingindo a saúde humana. As doenças não demoraram em chegar.
Foto: Rádio Mundo Real.
