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15 de Fevereiro de 2011 | Notícias | Indústrias extrativas
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“A sentença mais esperada dos últimos 17 anos acaba de tornar-se pública”, é o título que utilizaram no site da Frente de Defesa da Amazônia, que ficou satisfeita com a notícia de que a justiça de Equador havia sentenciado contra a petroleira estadunidense Chevron-Texaco.
Está nas páginas dos jornais equatorianos desta terça-feira 15 de fevereiro: a justiça reconheceu que a Chevron é culpada da contaminação que deixou na Amazônia equatoriana durante 26 anos de operações e agora terá que pagar mais de nove bilhões de dólares por esses danos.
O ação na justiça foi iniciada por organizações de indígenas atingidos e a companhia petroleira já anunciou que vai recorrer da sentença judicial, que considerou “ilegítima e inaplicável”.
“O juiz tem feito justiça e viu a realidade. Sabemos que isto é apenas uma parte de nossa luta e seguiremos até que seja feita justiça e o dano seja remediado. O mundo deve saber o que aconteceu na Amazônia e que nossa luta é pela vida, pela justiça”, disse Humberto Piaguaje, dirigente dos Secoyas, conforme o portal Frente de Defesa da Amazônia.
As organizações passaram um longo calvário antes desta sentença favorável. Em todo este processo conseguiram comprovar, por exemplo, que os danos causados pela Chevron-Texaco na província de Sucumbíos são maiores dos que provocou a British Petroleum no Golfo do México, e que foram muito divulgados.
A recente sentença estipula ainda que a corporação estadunidense deverá pedir desculpas públicas às vítimas da Amazônia equatoriana pelo crime cometido.
“Nenhuma quantia do mundo poderá devolver as vidas, o dano que tem causado esta contaminação”, acrescentou, Luis Yanza, coordenador da Assembleia de Atingidos pela Texaco.
Os grupos equatorianos sabem que depois de que a empresa recorra da sentença começara uma contraofensiva da Chevron-Texaco e de seus assessores jurídicos para tentar deslegitimar estes pronunciamentos judiciais.
A primeira ação judicial contra a petroleira por este caso foi apresentada em 1993 nos Estados Unidos, mas a justiça desse país entendeu que o caso devia ser analisado no Equador, onde a ação fechada agora foi iniciada 10 anos depois, em 2003.
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