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2 de Abril de 2010 | Notícias
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Enquanto a agenda informativa põe ênfase na liberação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) do cabo do Exército Pablo Moncayo, as organizações locais continuam sua luta contra a militarização.
Na próxima quinta-feira, dia 8 de abril será apresentada num ato público a recentemente criada Coalizão Colômbia Não Bases, integrada por organizações progressistas que denunciam a claudicação do governo do direitista Álvaro Uribe Vélez, ao ceder o controle de sete bases militares a tropas militares dos Estados Unidos.
O documento fundacional do grupo indica que nos 200 anos de independência da Colômbia nunca havia se registrado uma entrega da soberania nacional como ela.
“Nossa república está sendo vítima das piores formas de agressão estrangeira”, diz a declaração, que já foi assinada por 150 organizações sociais de esquerda.
Entendem que a presença das forças militares dos Estados Unidos tem que ser replicada com a “maior unidade das forças democráticas e progressistas do país”, que têm a obrigação de levantar uma “bandeira central” pela recuperação da democracia e a soberania.
No dia 30 de outubro de 2009, o presidente Uribe Vélez assinou um acordo com os Estados Unidos que autoriza a instalação de pelo menos sete bases militares em território colombiano, um episódio que para muitas organizações locais reinaugurou uma nova etapa de colonialismo.
Com a idéia de deter esses planos, a Coalizão Colômbia Não Bases plantará suas banderas na próxima quinta-feira na Universidade Autônoma da Colômbia, na capital do país Bogotá, e se espera que ali participem políticos locais e personalidades estrangeiras.
Por outro lado, embora também na Colômbia, as comunidades indígenas Emberá katió, que têm sofrido em carne própria o flagelo da militarização, receberam pelo menos uma boa notícia. A Corte Constitucional colombiana, conforme o site Salva la Selva, dispôs a suspensão das licenças de prospecção e exploração mineradora do projeto Mandé Norte, situado nos departamentos de Antioquía e Chocó.
Trata-se de uma filial da estadunidense Muriel Mining Corporation, que alguns grupos como a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC) têm denunciado por sua cumplicidade com o Exército colombiano em ataques recentes a comunidades indígenas.
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