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30 de Maio de 2011 | Notícias | Bosques e biodiversidade | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
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Adelino Ramos, José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espirito Santo. Três nomes que na semana passada somaram-se a longa lista de mártires brasileiros assassinados por seu trabalho de denuncia e resistência contra os projetos extrativistas de madeira e outros recursos naturais na Amazônia.
Adelino foi assassinado na sexta-feira 27 de maio enquanto vendia verduras de seus cultivos no bairro de Vista Alegre do Abuna, em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, segundo a organização Comissão Pastoral da Terra (CPT).
“Dinho” foi um dos sobreviventes ao histórico massacre de abril de 1995 em Corumbiará, estado de Pará e recentemente havia denunciado a ação das madeireiras na região limítrofe entre os estados do Acre, Amazônia e Rondônia, conforme informação da CPT publicada no Brasil de Fato.
Adelino exigia junto a seus companheiros, a obtenção de terras nessa região para a instalação de um assentamento de trabalhadores rurais sem terra. Dessa forma, o Estado brasileiro havia intercedido na região confiscando algumas cabeças de gado de particulares que estavam em terrenos de reserva fiscal.
Em julho de 2010, o líder do Movimento Camponês de Corumbiará havia denunciado ao Observador Agrário Nacional numa audiência em Manaus, Gercino Silva, as ameaças de morte recebidas.
Três dias antes deste crime, no estado do Pará, foi assassinado a balaços o matrimônio composto por José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, reconhecidos ambientalistas da região e ex-líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Na mesma terça, o Parlamento brasileiro aprovou uma reforma do Código Florestal que entre outros problemas, estipula uma anistia g para todos aqueles que cometeram delitos contra a Amazônia até 2008.
Mais uma vez ficou claro quem manda no Brasil quando os interesses dos latifundistas estão em jogo. Os resultados da votação da controvertida reforma do Código Florestal falam por si mesmos: 410 votos a favor e 63 contra.
Embora a reforma ainda deva ser tratada no Senado, a pressão das corporações do agronegócio está presente em todos os níveis e por outro lado as organizações sociais, camponesas e ambientalistas duvidam das afirmações da Presidenta Dilma Rouseff sobre um possível veto à reforma caso fosse aprovada.
Foto: Greenpeace
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