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1 de Novembro de 2010 | Entrevistas | Anti-neoliberalismo | Soberania alimentar
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Após da crise do sistema soviético, entre os debates dos movimentos sociais o debate sobre o conceito de construção socialista praticamente permaneceu calado. No entanto, o recente V Congresso da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo-Via Campesina definiu claramente seu objetivo rumo ao “Sumak Kawsay”, uma interpretação de um sistema que supere o capitalismo que explora bens naturais e comunidades humanas.
Foi o que disse em entrevista com Rádio Mundo Real, o presidente da FENOCIN do Equador e secretário operativo da CLOC-VC Luis Andrango.
“O Bem Viver é abrir o caminho para o socialismo”, indica o dirigente.
“Este Congresso dá, assim, um salto político de construção do socialismo desde esta América índia, mestiça, afro. Esta tese modifica o modelo de desenvolvimento que propõe o capitalismo, a leitura da relação com os Estados. O Bem Viver reposiciona essa necessidade de uma relação harmônica entre o ser humano, o modelo produtivo e sobretudo a defesa de nossa Mãe Terra, e alimenta novos debates”, indica o ativista.
Ampliar a base
“A aliança campo-cidade é chave para consolidar as teses de ação que surgiram destes debates no V Congresso”, destaca Andrango en outro trecho da entrevista.
Para ele, a ratificação do Equador como sede da Secretaria Operativa da organização também leva implícito o desafío de avançar em processos de unidade que consigam ampliar a base da Vía Campesina com a incorporação a essa articulação continental de novas organizações camponesas e indígenas.
“É muito clara nossa definição de que nosso principal inimigo são as transnacionais. E esse desafio nos deixa tarefas pendentes para fortalecer a unidade tanto com a cidade quanto com outras organizações fraternas no campo, nas comunidades”, acrescentou.
O dirigente da FENOCIN destacou as definições do V Congresso em matéria de geração de mecanismos de comunicação das organizações: “precisamos de uma política comunicativa das perspectivas das comunidades e ai é o papel fundamental que cumprem as mídias como Rádio Mundo Real que nos tem acompanhado neste V Congresso”, concluiu Luis Andrango.
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