7 de junio de 2010 | Noticias | Soberanía Alimentaria
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O capitalismo e sua fase atual do modelo neoliberal são responsáveis por conduzir o planeta a um a “hecatombe”. Este complexo cenário é consequência da degradação ambiental, os experimentos genéticos, a emissão de gases de efeito estufa, o uso de combustíveis fósseis e o fomento à agricultura industrial, que levariam ao “colapso de nossa Mãe Terra”.
Essas são as conclusões a que se chegou no primeiro fórum regional contra os agronegócios e pela soberania dos povos da Mesoamérica, realizado no dias 4 e 5 de junho no município salvadorenho de Santa Cruz Michapa, e cuja declaração final foi lida pelo dirigente Fausto Torres, da Vía Campesina.
Ali, os grupos participantes acusam os consórcios multinacionais do agronegócio de monopolizar as terras, privatizar a água, as sementes, do aumento da mineração e da construção de mega-barragens.
“Não podemos mudar o atual sistema sem destruir o velho modelo, a única forma de quebrar as estruturas deste regime de terror e morte, é através das alianças, a promoção de uma real e verdadeira Reforma Agrária, o Bem Viver e a Soberania Alimentar, convencidos de que uma agricultura com camponesas é a única garantía para esfriar o planeta”, afirma-se no comunicado final.
O fórum foi organizado pela Marcha Mundial das Mulheres, a Via Campesina e Amigos da Terra América Latina e Caribe. Estas redes coincidiram na importância de promover o Tratado de Comércio dos Povos, avalaram a proposta dos movimentos sociais nos marco da ALBA e comprometeram-se a lutar pela soberania alimentar e energética.
Também voltou-se a impulsionar o movimento de vítimas e atingidos pela mudança climática, que denunciaram as falsas soluções como os créditos de carbono, REDD e os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL).
“Assumimos nosso compromisso com o Acordo dos Povos que surgiu em Cochabamba e insistiremos para descarrilhar a Conferência Internacional de Mudança Climática (COP16) em Cancun 2010”, disseram.
Entre outras, declararam o dia 28 de junho como o dia de Ação Direta contra o Golpe de Honduras, e particularmente refiriram-se à luta do povo de Aguán que sofre o deslocamento, as mortes, a repressão e a militarização como consequência dos agroenegócios.
“Estabelecemos uma agenda de ação política conjunta na Mesoamérica para a Resistência, a Mobilização e a Transformação, globalizemos a luta, globalizemos a esperança, continuaremos marchando, até que todas e todos sejamos livres”, concluem.
Foto: Cesta - Amigos de la Tierra El Salvador
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