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30 de Junho de 2009 | Entrevistas | Honduras Livre | Direitos humanos
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O deputado de Honduras, Marvin Ponce, do partido esquerdista Unificación Democrática, sente “indignação” pelo papel que está assumindo o representante do governo de facto, Roberto Micheletti Bain, e teme que a “onda militarista” em seu país se expanda pelo resto da América Latina.
“Isto é um retrocesso de trinta anos, e debe ser detido já”, afirmou o legislador em entrevista com Rádio Mundo Real.
É que a situação que continua vivendo Honduras parece ser tirada dos capítulos mais trágicos da história latino-americana recente: perseguição de dirigentes, repressão de mobilizações populares, ordens de captura contra jornalistas e da mídia.
O saldo da jornada de ontem foi de 170 feridos e 300 detidos, enquanto que o governo de facto está convocando a todos os funcionários públicos para uma mobilização para validar o golpe, contou Ponce. Outro deputado da UD, Cesar Ham, teve que sair do país nas últimas horas depois de receber ameaças de morte.
Apesar de a informação continuar sendo fragmentada, Ponce contou que pelo menos dois batalhões da Infantaria resolveram não acatar as ordens do regime golpista de Micheletti. Os grupos militares anti-golpistas seriam o 4° Batalhão da Infantaria do departamento de Atlântida e o Batalhão de Forças Especiais. Este mesmo anúncio já havia sido feito pelo dirigente camponês Rafael Alegría, da Via Campesina Internacional, numa gravação divulgada através do site http://albatv.org,
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