31 de octubre de 2012 | Noticias | I Asamblea Continental CLOC - Vía Campesina | Acaparamiento de tierras | Derechos humanos | Luchadores sociales en riesgo
A história recente da Guatemala é um convite a perder a capacidade de se surpreender. Apesar da alternância de partidos e presidentes no poder, a violência contra as comunidades camponesas e indígenas representa uma continuidade que arrepia.
Foi o que disse em sua fala em um ato de solidariedade realizado em “El Ciprés”, capital nicaraguense, Daniel Pascual, referente da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC-Vía Campesina) desse país centro-americano.
Daniel disse que a repressão “faz parte da imposição do modelo neoliberal, dos desalojamentos, os processos judiciais, as ameaças, as detenções até os assassinatos violentos”.
Como exemplo recente, falou do caso de desalojamento massivo em 2011 em Valle de Polochic, feito por uma empresa de cana que deixou um saldo de três camponeses indígenas assassinados, moradias e cultivos de autoconsumo destruídos, queimados. A recente massacre em Totonicapán com o saldo de oito indígenas maias assassinados, assim como em Santa Cruz Barillas.
A questão principal da condução presidencial de Otto Pérez Molina –ex-general- tem a ver com militares, respondendo assim a uma lógica repressiva, que ainda pretende se legitimar promovendo melhorias orçamentárias e mais poderes para a força armada, disse Pascual.
Precisamente um dos pilares das comunidades reunidas nos “48 cantões” para realizar vários bloqueios na rota Interamericana, no início de outubro, foi o repúdio a uma reforma constitucional que visa legalizar esse militarismo da administração de Pérez Molina.
“Temos claríssimo que estamos em um processo de re-militarização do país para controlar as diversas lutas”, diz Pascual.
Foto: Escuela Obrero Campesina “Francisco Morazán”, ATC Nicaragua
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