18 de mayo de 2010 | Noticias | Soberanía Alimentaria
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A organização internacional Via Campesina, que reúne movimentos camponeses nos cinco continentes, ve positivamente as chamadas para a consulta da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) sobre a posse e uso da terra, como acontece nesta semana em Brasília.
Segundo o dirigente da Associação de Trabalhadores do Campo da Nicarágua, Fausto Torres, trata-se de uma oportunidade de influir nas políticas internacionais sobre soberania alimentar e os modelos produtivos e de desenvolvimento impostos pelo capitalismo através do agronegócio em suas diferentes formas.
No entanto, o ativista centro-americano adverte que se bem a FAO permite um nível de influência e de intercâmbio entre organizações que é valioso, não por isso deve-se perder de vista os objetivos dos movimentos camponeses, ambientalistas, indígenas, de mulheres e jovens que dão sustento a uma mudança identificada com a sobrevivência humana.
Fausto conversou com Rádio Mundo Real no fim da primeira jornada de trabalho organizado pelo Comitê Internacional de Planificação sobre Soberania Alimentar (CIP) na capital do Brasil.
Nessa cidade capital mais de vinte países latino-americanos estão representados para tratar uma série de perguntas que dizem respeito às diretrizes da FAO sobre a soberania alimentar, o acesso e uso dos recursos naturais.
Após três dias de debates e intercâmbios, os delegados comparecerão à convocatória da organização internacional com propostas concretas. Um processo similar se repetirá no correr de 2010 na África e Europa.
Assalariados rurais, grupos de mulheres organizadas, de camponeses e de jovens, além das principais ONGs que trabalham sobre o tema soberania alimentar dão seus pontos-de-vista face a uma plataforma comum e unitária.
Fausto conta a situação dos trabalhadores da banana, a realidade dos pequenos produtores de café em seu país e o permanente crescimento da fronteira agrícola promovido pelas transnacionais do café, cana e frutícolas.
Para o dirigente esta oportunidade que termina nesta quarta-feira 19 de maio permitirá retomar o espírito fundacional da FAO em defesa do campesinato local.
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