Foi o que decretou uma resolução da Procuradoria Geral da Nação, que ordenou o fechamento temporário da mineração, pertencente à canadense Goldcorp e que há vários anos mantém em pé de guerra a comunidades indígenas e camponesas.

“Está caminho à suspensão e ficamos contentes. Esperamos que seja concretado realmente porque seria uma vitória muito importante depois de tanta luta”, disse à Rádio Mundo Real o dirigente Daniel Pascual, do Comitê de Unidade Camponesa (CUC), integrante da Via Campesina.

Pascual opina que ele é um “primeiro passo importante” que poderia deixar um precedente para resolver outros conflitos ambientais relacionados às 319 licenças de mineração que operam na Guatemala, em sua maioria concedidas durante a administração do direitista Álvaro Arzú, que governou o país de 1996 a 2000.

“É um dos primeiros casos que derrotamos e queremos que seja um antecedente”, indicou o dirigente camponês, entrevistado nos marcos do IV Fórum Social das Américas realizado no Paraguai.

A mineradora Montana, conforme Pascual, sempre tem evitar suas responsabilidades diante das denúncias por violações dos direitos humanos e perseguições, inclusive depois que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ordenasse que o Estado guatemalteco suspendesse as suas atividades.

O organismo pediu essa medida cautelar diante de pedidos de 18 comunidades maias Man e Sipakense, que denunciaram a contaminação de suas fontes de água e a desapropriação ilegal de territórios desde que começou a extração de ouro e prata de Montana, em pleno governo de Arzú.

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