Essa militância de Tabra Guerrero, conforme o site da Confederação Nacional de Comunidades atingidas pela Mineração (CONACAMI), pode custar treze anos de prisão, depois do pedido de uma fiscalía provincial, que o acusa de supostos delitos de arrebato de arma de fogo e lesões contra um policial.

“A medida é uma clara amostra da perseguição judicial e policial contra os principais líderes comunais”, sentencia a CONACAMI em sua declaração pública.

A acusação fiscal toma como válidas somente as apreciações do capitão Héctor Vera Revollar, que acusou o ambientalista como responsável de um ataque a policiais que estavam sob seu mando.

Tabra Guerrero, em declarações que divulga o serviço informativo da organização anti-mineração do Peru, garante que não é a primeira vez que tentam prendê-lo por suas posições contrárias às grandes indústrias extrativas.

Além de uma série de denuncias efetuadas contra ele em 2006 e 2007, o ativista peruano lembrou que em 2008 cerca 35 pessoas foram acusadas por “terrorismo” depois de uma consulta entre moradores para plebiscitar a conveniência de um projeto minerador.

“As comunidades e municipalidades da fronteira norte do Peru têm expressado democraticamente seu repúdio ao projeto minerador Rio Blanco (…). Apesar deste repúdio, e a ilegalidade da presença da empresa mineradora Río Blanco nos territórios das comunidades camponesas de Yanta e de Segunda e Cajas, o governo peruano continua apoiando o projeto minerador incondicionalmente”, denuncia a CONACAMI em uma carta para expressar sua solidariedade com Tabra Guerrero.

A CONACAMI efetuou recentemente um fórum regional sobre Mineração, Mudança Climática e Bem Viver.

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