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2 de Outubro de 2012 | | |

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México: primeiras conclusões nos crimes de defensores de direitos humnos Bety Cariño e Juri Jaakkola

Dois anos e meio após a emboscada contra a caravana humanitária que, em abril de 2010, pretendia chegar até o sitiado município autônomo de San Juan Copala, no estado mexicano de Oaxaca, onde foram assassinados os defensores de direitos humanos Bety Cariño do México e Juri Jaakkola da Finlândia, a justiça parece tentar chegar.

Ontem, 1º de outubro, as famílias e seus representantes informaram à mídia nacional e internacional que a Procuradoria Geral de Justiça de Oaxaca, através da Procuradoria de Delitos de Transcendência Social, obteve as primeiras ordens de prisão contra vários dos autores materiais do ataque à caravana humanitária de 27 de abril de 2010.

Por motivos de precaução não foi divulgada a informação sobre a quantidade ou os nomes daqueles que foram identificados como responsáveis pelas mortes, bem como as informações sobre vários feridos. Os advogados afirmaram que será solicitado um período adicional de investigação de mais seis meses.

As famílias se animaram com este novo passo em busca de justiça, e confiam em que ao final das investigações todos os envolvidos no fato sejam julgados.

As ordens de prisão foram dadas pelo delito de “Homicídio qualificado”, já que pode se demostrar que essas pessoas agiram com premeditação, aleivosia e vantagem naquele 27 de abril de 2010 ao atacar uma caravana humanitária que viajava com mantimentos e artigos de primeira necessidade para o município de San Juan Copala, cercado militarmente e com sua população totalmente indefesa diante da forte presença de soldados e paramilitares.

Beatriz A. Cariño, “Bety”, assassinada nessa ocasião, era diretora da organização Cactus e integrante da Equipe Nacional de Coordenação da Rede Mexicana de Atingidos pela Mineração (REMA). Sua frase “eles têm medo de nós porque não temos medo” transformou-se em um lema da defesa dos direitos humanos após sua morte junto ao observador finlandês Juri Jaakkola.

Poucas semanas depois dos fatos, uma nova caravana chegou até San Juan Copala, que se transformou em um símbolo da repressão contra municípios indígenas no estado oaxaquenho governado por Ulises Ruiz, que também foi acusado pela repressão planificada. Conforme os relatos dos fatos tomados naquele momento por Rádio Mundo Real, a polícia e o Exército realizaram a “cobertura” enquanto as forças paramilitares atuavam, pelo que o saldo de mortos poderia ter sido muito maior. De fato, comunicadores e outros integrantes da caravana ficaram desaparecidos durante vários dias na zona, escapando de uma morte certeira.
A morte do ativista europeu, no entanto, gerou repercussões no velho continente bem como a presença de europarlamentares em diversas instâncias para seguir as investigações.

Na coletiva de imprensa realizada neste 1º de outubro, Omar Esparza esposo de Bety Cariño expressou que o fim das investigações ainda está longe: “é somente um passo a mais neste longo caminho que temos percorrido nestes dois anos e meio, mas sem dúvidas é um novo incentivo para seguir procurando justiça”.

Por sua vez, Eve Jaakkola mãe de Juri, em teleconferência desde Tampere, Finlândia ratificou sua confiança nos mecanismos de justiça mexicanos e opinou que este poderia chegar a ser “o primeiro caso de defensores de direitos humanos assassinados que seja resolvido com o castigo aos responsáveis”.

O advogado das famílias David Peña Rodríguez, integrante da Associação Nacional de Advgados Democráticos e da Aliança Mexicana pela Autodeterminação dos Povos, indicou que “a comunidade internacional tem que seguir pendente de como continua o caso agora no poder judicial de Oaxaca, convidando aos representantes das embaixadas da União Europeia a estipular uma Comissão de observação que vigie a atuação judicial até que sejam obtidas as sentenças de condena dos assassinos”.

No vídeo anexo, a coletiva de imprensa desta segunda-feira 1º para informar sobre as novidades do caso. Realizado por cencos.org


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