O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.

{mini}Versão para imprimir

English · Español · Português

5 de Abril de 2010 | | |

"Presença não-autoritária"

Trinta integrantes de brigada brasileira estão no Haiti em missão solidária

Baixar: MP3 (986.2 kb)

Apesar de os governos latino-americanos insistem no caminho de manter a presença militar no Haiti, as organizações sociais mais representativas do continente apostam a redesenhar o conceito de solidariedade, apostando em temas mais concretos.

É o caso da Vía Campesina, que há quatro anos está em contacto com movimentos sociais da ilha caribenha, e que aposta a estreitar esses laços depois do terremoto do dia 12 de janeiro.

Uma brigada composta por militantes de organizações brasileiras –dentre elas o [Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão em território haitiano para fornecer ajuda em áreas importantes.

As contribuições destes grupos são fundamentais se for levado em conta que depois do desastre a maioria da população emigrou para zonas rurais. As organizações locais estimam que depois do terremoto de 600 mil a um milhão de pessoas abandonaram Porto Príncipe, capital do país, para garantir uma alimentação básica no campo.

“O terremoto modificou a situação do campo haitiano”, disse o jornalista Thalles Gomes, um dos brigadistas da Vía Campesina, organização que tem sido totalmente crítica com a ocupação militar da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), que justamente é coordenada pelo exército do Brasil.

A iniciativa das brigadas solidárias, segundo Thalles, nasceu com o objetivo de ajudar o povo haitiano de uma “maneira não autoritária”, e por isso tem-se determinado áreas de trabalho para aprofundar a cooperação.

Uma equipe de 30 pessoas representantes dos movimentos sociaos estará um ano no Haiti, para trabalhar em temas como o melhoramento do abastecimento de água (neste tema o papel do Estado haitiano é ineficiente); e o assessoramento técnico em programas de agroecologia e reflorestamento.

A principal fonte energética do povo haitiano é o carvão vegetal, mas atualmente 97 porcento da mata nativa foi devastada. Todos os anos são cortadas 50 milhões de árvores e são plantadas apenas 20 milhões, disse Gomes, durante uma atividade realizada na escola nacional Florestan Fernandes do MST. “Apostamos em criar alternativas de modelo energético”, refletiu.

Gomes também falou da importância da plantação de sementes de arroz, sorgo e hortaliças, das cisternas para armazenagem de água, a construção de móveis de madeira e os planos de emergência habitacional. Na missão participam ainda vários comunicadores, que pretendem fortalecer as redes de comunicação popular no Haiti.

Foto: http://moltitudia-yabasta.blogspot.com

(CC) 2010 Radio Monde Réel

mensagens

Quem é você? (opcional)
A sua mensagem

este formulário aceita atalhos SPIP [->url] {{bold}} {itálico} <quote> <code> e o código HTML <q> <del> <ins>. Para criar parágrafos, deixe linhas vazias.

Fechar

Amigos de la Tierra International

Agencia NP

Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.