28 de marzo de 2012 | Entrevistas | Derechos humanos
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O Haiti, país caribenho que sofreu um terremoto em 2010 destruindo a maior parte da infraestrutura e dizimando a população e sua economia, agora é o país mais pobre do mundo. Enfrentando não apenas o desafio de reconstrução, mas ainda a ocupação militar, transnacional e de ONGs que têm tomado o controle substituindo o governo e as organizações da população civil.
Na III Conferência Especial dos Movimentos Sociais sobre Soberania Alimentar levada a cabo na cidade de Buenos Aires de 22 a 25 de março se reuniram vários representantes de organizações e movimentos da América Latina e do Caribe. Uma das delegações que participaram foi a do Haiti.
Fran Saint Jean da Plataforma Haitiana para o Desenvolvimento Alternativo explicou à Rádio Mundo Real as consequências históricas do que denomina uma ocupação que começou em 1915, com a invasão dos Estados Unidos e que dois anos depois do sismo continua e se aprofunda.
Saint Jean destaca que atualmente vive-se uma dominação capitalista comandada pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, as forças armadas da ONU e as empresas multinacionais, como a Monsanto que tenta introduzir através de “doações”, suas sementes transgênicas.
O militante indicou que a presença da Monsanto tem se intensificado após a chegada da ajuda alimentar para a ilha. Já que a multinacional inunda o campo com sementes transgênicas de arroz, algodão e milho. Enquanto são levados a cabo planos de expansão de zonas francas para o cultivo de jatrofa para agrocombustíveis.
Enquanto isso, algumas organizações não governamentais recebem milionárias quantias provenientes da solidariedade internacional. Essa ajuda não chega ao povo, lembrou Saint Jean. Ao mesmo tempo que meio milhão de pessoas moram na rua atualmente no país situado na ilha La Espanhola junto à República Dominicana.
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